Amor de infância - Tom Holland

25 - Não! Não! Não!

Pode conter erros ortográficos.
Boa Leitura!

♡

Point Of View Rachel Lopes
Rio de Janeiro, Brasil

"O rio de Janeiro continua lindo"

E realmente continuava. O Rio tem uma beleza única e eu amo o calor que só essa cidade tem. Cansadas de apenas ficarmos dentro do apartamento, eu e Emy decidimos andar pela cidade e aproveitar tudo de bom que esse paraíso tem a nos oferecer. E não é pouca coisa viu.

Passamos o dia inteiro nas ruas da cidade e na parte da noite, resolvemos ir ao shopping comprar algumas coisas.

Assim que entramos, me deparei com diversas fotos do Thomas espalhadas pelo shopping. Fotos essas que ele havia feito para uma campanha recentemente.

— Quer sair daqui? — Emy pergunta assim que nota o meu desconforto.

— Não, tudo bem, vamos comprar o que viemos comprar — Sorri de canto olhando-a. Eu ainda não conseguia encarar com clareza toda essa situação, ainda mais por se tratar de algo completamente recente.

Depois que fizemos tudo o que era necessário no shopping, voltamos para o apartamento da Emy e meu celular não parava de apitar, tinha mensagens de todo mundo, até mesmo do meu pai, preciso dar um basta nisso.

— O que foi Thomas? — Disse assim que atendi a ligação.

— Rachel me escuta por favor.

— Te escutar? Não tenho nada pra escutar vindo de você! — Cuspi as palavras de uma vez por todas.

— Rachel, eu sei que você esta super brava comigo, mas é a sua mãe.

— Minha mãe? O que tem ela Thomas? — Me sentei preocupada.

— Ela acabou sofrendo um acidente voltando do trabalho e está internada Rachel, todo mundo estava louco tentando falar com você.

Eu não consegui responder mais nada, ainda bem que havia me sentado antes, caso contrário, com certeza eu teria caído.

...

Depois daquela ligação com o Thomas, Emy conseguiu a primeira passagem que viu, para que eu pudesse rapidamente voltar para o Reino Unido. Mas isso foi apenas no dia seguinte.

Quando finalmente estava em solo inglês, peguei um taxi rapidamente indo direto para o hospital, na qual o Thomas me passou mensagem dizendo exatamente o endereço.

Quando entrei naquele lugar e fui até o vidro que separava as pessoas da minha mãe, meu coração parecia estar sendo amassado diversas vezes seguidas. Ela estava com alguns aparelhos, tinha alguns machucados no rosto e pelo corpo, seu semblante estava neutro e eu só pedia mentalmente para que ela fosse forte o suficiente para aguentar.

Minhas bochechas estavam molhadas pelas lágrimas que escorriam, na minha mente, um turbilhão de pensamentos ecoava. Por que eu não estava aqui no Reino Unido? Por que ela? Por que eu tô passando por tudo isso?

— Rachel? — Escutei a voz do Thomas atrás de mim e assim que me virei, ele estava com os braços estendidos na minha direção. Nessa hora eu não pensei em mais nada, apenas o abracei com a maior força que eu podia.

Tia Nikki e meu pai não estavam ali porque precisaram ir em casa e eu precisava abraçar alguém, e nessas horas nada se compara em ver a minha mãe naquele estado.

— Ela vai ficar bem Rachel — Thomas disse enquanto continuava me abraçando, na intensão de me acalmar, já que eu só sabia chorar, soluçando algumas vezes.

— Eu não posso perder ela, eu não aguentaria — As palavras saíam entrecortadas, o choro não me deixava falar tudo de uma vez só.

Meu corpo parecia estar sendo sobrecarregado a cada minuto que se passava. Infelizmente a nossa mente é a nossa pior inimiga e mesmo que eu me esforçasse, eu só conseguia pensar em como seria a minha vida caso ela não resistisse.

— Rachel — Escutei a voz da tia Nikki e então saí do abraço em que o Thomas me envolvia e a abracei com força — A gente precisa conversar — Sua voz também não estava uma das melhores, até porque, ela e a minha mãe são melhores amigas — Acabei de falar com o médico.

— Me fala tia Nikki — Saí do abraço para olhá-la.

— Eu não queria te falar assim de cara, mas o médico conversou comigo e a situação da sua mãe é muito complicada — Suspirou — Ela tem altas chances sim de acordar o mais rápido possível, mas com sequelas causadas pela pancada do acidente. Infelizmente a sua mãe estava sem cinto de segurança e bateu forte a cabeça, mesmo com o air-bag.

— Que tipo de sequela tia Nikki? — Perguntei sendo tomada pelo receio.

— Amnésia permanente, pode perder alguns movimentos do corpo ou ficar sem andar — Ela disse de uma vez só e essas palavras foram o suficiente pra me fazer desabar novamente.

Por que tinha que ser a minha mãe? A mulher que eu mais amo nessa vida, justo ela tinha que sofrer esse acidente.