2° Capítulo

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Após ter vomitado tudo o que comi, consegui dormir tranquila.Fiquei aliviada por minha grande amiga e médica Carol estar aqui comigo.Eu ainda tenho minhas dúvidas se realmente estou grávida.

- Anne,acorda!__escuto a voz de Carol__são 6:30,o laboratório abre às 7:30 e não podemos nos atrasar porque ainda vou trabalhar de lá mesmo...Adriel já chegou__.

- Só mais 5 minutinhos__implorei__.

- 5 minutos e nada além disso__ela confirmou__.

Em 10 minutos consegui levantar,fui lavar o rosto.Estou extremamente enjoada,o mal estar que não senti todos esses dias estou começando a sentir agora.

- Como você está,Anne?__Carol lava algumas louças na pia__.

- Muito enjoada,o primeiro enjôo depois da fiv__disse respirando fundo__eu não comi nada ainda mas sinto que quando eu comer vou colocar pra fora.Não sei também se vou conseguir andar de carro__.

- O exame de sangue tem que ser feito em jejum,acha que consegue?__perguntou-me__.

- Vou tentar já que não tenho nem o que vomitar mesmo__respondi__.

Escovei meus dentes para ir,e fomos.

Adriel pára o carro de frente ao laboratório,saio do carro com Carol sabendo que viveria um desafio.Agulha.

Só têm eu nesse horário aqui,por isso logo sou atendida.

Não consigo me controlar quando vejo a técnica de enfermagem pegar a agulha.Olho em seu crachá lendo seu nome Lívia.

- Não, não por favor!__afastei as mãos dela__.

- Anne,ela está passando o algodão com álcool, mulher!__Carol falou encostando minha cabeça em seu corpo para me confortar__.

- Não, agora não!preciso de um tempo...__meu coração estava acelerado e o enjôo me consumia__.

Carol tampou a minha visão com as mãos ainda com o meu rosto virado para ela...

- Olha aqui para mim, não fique tão nervosa!__Carol pediu calma a médica e explicou minha fobia de agulhas__.

Meus olhos estavam cheios de lágrimas,eu não conseguia controlar o meu pavor.

A médica novamente tenta tirar meu sangue.

- Não,pelo amor de Deus, não!__implorei__.

- Assim não dá__A médica esbraveja impaciente__.

Carol encara a médica do laboratório chateada.

- Você pode por favor ser um pouco paciente com minha amiga!?se puder obrigada__Carol falou chateada pela forma como se referiu a mim__.

Depois de falar tentando manter a educação,se virou para mim.

- Anne,você confia em mim?__Carol pergunta__.

- Sim__confirmei__.

Carol me puxou para perto de si tampando a minha visão da agulha.Me esforcei para conseguir não pedir para a médica parar.Ela tirou o meu sangue e eu fiquei tão nervosa que quando terminou eu passei mal.

Carol percebeu e antes que eu dissesse algo colocou a lixeira perto de mim.

- Anne,me arrependi de ter te trazido hoje...era para me te trazer outro dia__Carol falou sentida__você me disse que não estava bem__.

Começo a engulhar, vomitando o suco gástrico do meu estômago.

- Ela tem que fazer tratamento para esse medo de agulha que tem__a médica sugeriu fazendo algumas caretas por vê-la passar mal em sua sala__.

A culpa pode não ser dela mas percebo que Carol ainda está chateada com ela.

Quando melhoro, saímos da sala e a médica nos deu o site para saber o resultado,além disso podemos vir buscar amanhã qualquer horário.

- Vocês demoraram!__Adriel comenta__.

Carol me ajudou a entrar no carro.

- Anne passou mal__ela diz chateada consigo mesma__Leve-a para casa imediatamente,por favor.Vou trabalhar__.

Carol deu um beijo em minha testa antes de ir deixando o papel do site escrito em minhas mãos.

Horas depois...

Depois de muita insistência da Carol,eu decidir encontrar com o tal Gael Nietzsche e sua namorada Emanuelly Fonseca.

Avistei os dois de longe sendo acompanhada por Carol.

Estou sentada na mesa do restaurante que combinamos esperando que eles se aproximem.Quando estão próximos me levantei para cumprimentá-los.

E só agora estou reparando no quanto esse rapaz é bonito,ele não era qualquer brasileiro.Era um brasileiro nato.
Seus olhos eram azuis e confesso que os cachos dele me hipnotizaram por um momento,sua pele é branca como a minha.Essa criança dentro de mim não vai somente nascer não,mas sim estrear.Escolhi o candidato do sêmen a dedo mas realmente não chegava nem perto de Gael Nietzsche.

- Olá, tudo bem?me chamo Gael Nietzsche!__sua voz um pouco rouca me chamou atenção__.

Acompanhem...

Meu BebêOnde histórias criam vida. Descubra agora