𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢 𝗟𝗢𝗩𝗘 | +18 | Desde criança, Abby Grimes aprendeu a como ser forte e lutar contra tudo e todos. Quando o apocalipse chegou, seu coração estava quebrado, porém um certo caipira conseguiu fixá-lo por um longo tempo, até que, outra pess...
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Eu tinha a plena noção que existia outros grupos espalhados pelo mundo, não era boba ao ponto de achar que Alexandria e Hilltop eram os únicos que conseguiam se manter de pé. Mas ali, na minha frente, tinha algo que me surpreendeu.
O lugar era enorme e tinha bastante gente circulando por ali, a maioria armado. Olhei para trás, na esperança de conhecer aquele caminho e achar um jeito de fugir, mas tudo o que vi foram grades cercadas por vários andarilhos em uma espécie de armadilha. Aquilo me estremeceu da cabeça aos pés.
Logo, uma caminhonete parou ao lado do trailer e dois homens desceram, segurando Daryl. Eu iria correr para abraça-lo, mas uma mão em meu ombro me impediu.
— Nada disso. - Olhei para cima apenas para encontrar um sorriso maligno. - Que fique bem claro para os pombinhos que qualquer merda que vocês tivessem antes de me conhecer, acabou aqui.
Abri minha boca para protestar, porém Negan levantou um dedo.
— Vocês invadiram um de meus postos avançados e mataram todos os meus homens. Se acham que o que eu fiz hoje mais cedo foi pouco, ah caras, vocês estão muito fodidos.
Eu vim a viagem inteira sentada em um canto, ignorando tudo ao meu redor. Eu não chorei, não gritei e muito menos me dei ao luxo de devolver os olhares nada disfarçados que Negan me deu. Eu simplesmente não tinha medo do que aconteceria comigo, seja o que fosse, iria conseguir me proteger, mas ali, ouvindo-o praticamente dizer que tudo aquilo foi só o começo, senti algo dentro de mim gelar.
— Então, aproveitem para darem a última olhada um pro outro.
Daryl não ergueu o olhar, parecia que tinha algo no chão que fosse mais importante do que tudo ao seu redor. Eu o conhecia bem o suficiente para saber o que estava acontecendo. Ele estava se culpando. Se culpando pela morte de Glenn.
Mas naquele momento, eu precisava que ele me olhasse, queria que ele visse em meu rosto que eu não seguiria as regras fodidas desse homem e que iriamos dar um jeito de fugir dessa droga de lugar. Mas ele nunca o fez. Não levantou o rosto, nem sequer protestou o fato de um homem qualquer querer que jogássemos toda nossa trajetória no lixo. Ele apenas ficou lá, parado, e só se mexeu quando os homens o tiraram da minha frente.
— Pra onde vocês estão o levando? - Me desesperei.
— Por que se importa? Ele parece estar pouco se fodendo pra você.
Aquilo me doeu. Tanto que eu nem conseguiria colocar em palavras.
— Patrice, você está encarregada de cuidar da bonequinha aqui por enquanto. Leve-a para o segundo andar e depois me encontre no escritório. – Virou-se para mim, com o sorriso nos lábios. - Até breve, boneca.
Eu odiava essa droga de apelido que ele inventou e odiava ainda mais o jeito obsceno o qual ele vociferava a palavra. Fiquei parada, o observando se afastar, sendo seguido por algumas pessoas.