𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢 𝗟𝗢𝗩𝗘 | +18 | Desde criança, Abby Grimes aprendeu a como ser forte e lutar contra tudo e todos. Quando o apocalipse chegou, seu coração estava quebrado, porém um certo caipira conseguiu fixá-lo por um longo tempo, até que, outra pess...
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COLOQUEI MINHA faquinha em uma das minhas botas e respirei fundo antes de me olhar no espelho. Eu estava pronta.
Depois de uma noite terrivelmente mal dormida, tudo o que eu precisava era me enfiar em uma caçada a procura de remédios para o povo de Alexandria.
Fiquei imensamente feliz que, no final das contas, as outras comunidades resolveram ajudar. Os Salvadores já tinham ido na nossa frente e algumas pessoas de Oceanside, Hilltop e Reino já estavam em Alexandria, prontos para mais uma missão.
Desci as escadas lentamente e encontrei Angel na cozinha. Ela estava sentada na bancada, observando o pai fazer panquecas.
— Bom dia. – Falei, me sentando ao lado de Angel. – Está tudo bem?
Ela ergueu os olhinhos e fez um biquinho. Parecia cansada, porém ela dormiu bem tarde ontem a noite e acordou bem cedinho.
— Não quero que vocês vão.
— Ah, meu amor. Vai ser rapidinho. – Beijei sua cabeça. – Eu prometo.
— Eu ouvi o tio Rick dizer que vai ser quase uma semana. – Ela resmungou.
— O que nós conversamos sobre ouvir a conversa dos outros? – Foi Negan quem perguntou, pegando um prato e servindo uma panqueca para a filha.
Às vezes eu sentia como se Negan morasse na minha casa. Era incrível como eu acordava e ele já estava aqui, cuidando da filha.
— Foi ele quem falou alto demais. – Ela sorriu, esperta.
Negan também me serviu com duas panquecas e eu coloquei um pouco de mel fresco. Ele ficou em pé mesmo, atrás do balcão e de frente para mim e Angel.
— Está tudo certo?
— Sim. Já arrumei tudo. – Respondi, em meio a uma garfada. – E você?
— Está tudo bem ali. – Apontou para a mochila no canto da cozinha.
— Aquela mochila não está cheia demais?
— Nunca se sabe do que vamos precisar. – Deu de ombros.
Enfiei mais um pedaço de panqueca na boca e revirei os olhos.
— Você parece a mulher da relação.
Negan parou o garfo no meio do caminho e me encarou, a sobrancelha arqueada.
— Relação?
Quando entendi o sentido do que eu falei, fechei os olhos, sentindo minhas bochechas corarem.
— Não foi isso o que eu quis dizer... é que... – Me enrolei nas palavras, Angel estava praticamente gargalhando do meu lado. – Ah, fodasse!
— Mãe! – Angel exclamou em meio a risada. – Bem que a professora explicou que o amor faz a gente falar coisas estranhas.
