𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢 𝗟𝗢𝗩𝗘 | +18 | Desde criança, Abby Grimes aprendeu a como ser forte e lutar contra tudo e todos. Quando o apocalipse chegou, seu coração estava quebrado, porém um certo caipira conseguiu fixá-lo por um longo tempo, até que, outra pess...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
⚏⚏⚏♡⚏⚏⚏
Se passaram quatro dias desde o ocorrido. Quatro longos dias. E eu não vi nem a sombra de Negan. Ao contrário do que pensei, ele não apareceu para zombar da minha cara. Por mais incrível que pareça, esses foram os dias mais tranquilos que tive desde que cheguei aqui, exceto por uma coisinha, minha cabeça.
Eu estava me sentindo culpada como um inferno. Não só com Daryl, mas com todo o resto do grupo.
O que Maggie diria ao saber que eu estava rebolando nos dedos do mesmo homem que matou seu marido, meu melhor amigo? Qual seria a reação do meu irmão ao imaginar que o sangue do seu sangue estava o traindo com um homem que lhe roubou tudo?
E Daryl?
Ele me disse, disse que eu poderia ser a vadia de Negan, mas eram só palavras vazias, certo?
Errado.
Talvez Daryl soubesse o quão suja eu era. Talvez tivesse sido isso um dos motivos de nosso término. Ele percebeu antes mesmo de mim o quão baixa eu era e por isso, me jogou toda a culpa.
Mas o pior de tudo, era que a culpa não fazia os meus pensamentos sumirem. Eu ainda voltava naquela noite revivendo cada segundo, sentindo cada centímetro de seus dedos em mim, cada palavra suja sussurradas em meu ouvido. Eu estava no auge da minha loucura.
Respirando fundo, me sentei sobre meu joelho, limpando o suor de minha testa com o antebraço.
— Já acabou? - Me virei quando ouvir uma voz. - Você está pegando o jeito.
Era Brian, um carinha que eu conheci a dois dias atrás.
Eu não falava com ninguém ali, até porque todos me olhavam como se tivessem um medo terrível. Mas Brian foi ousado, ele inventou uma desculpa qualquer sobre a pá dele estar quebrada, apenas para puxar um assunto comigo e eu me senti agradecida. Eu só via Patrice no fim do dia e a mulher tinha se tornado minha única amiga aqui dentro.
— Não é que seja um trabalho difícil, você que é um molenga. - Ele acompanhou meu sorrindo, já um pouco acostumado com meu senso de humor terrível.
— Então... Eu estava pensando em fazer uma janta legal hoje à noite e gostaria de saber se você quer jantar comigo.
Arqueei a sobrancelha, surpresa com seu pedido.
— Eu economizei bastante para conseguir um quarto legal.
Ele era um bom garoto e era até fofo o jeito em que tentava flertar comigo.
— Tudo bem. - Aceitei seu convite. - Mas me garanta que pelo menos teremos uma taça de vinho.
— Como desejar. - Ele sorriu alegremente, antes de se afastar e continuar seu trabalho.