𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢 𝗟𝗢𝗩𝗘 | +18 | Desde criança, Abby Grimes aprendeu a como ser forte e lutar contra tudo e todos. Quando o apocalipse chegou, seu coração estava quebrado, porém um certo caipira conseguiu fixá-lo por um longo tempo, até que, outra pess...
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— AQUI. – Aceitei a xícara de chá de camomila e agradeci a Sam com o olhar.
Meu choro já havia cessado, mas eu tinha certeza que meu rosto estava tão vermelho quanto um tomate.
Eu estava no quarto do Sam, sentada no sofá em frente a uma enorme janela. A luz da lua refletia minha solidão de uma forma poética e estranha.
Minha cabeça doía como nunca antes, assim como o meu coração.
Samuel tinha passado alguns dias fora, pois estava à procura de materiais para ajudar nas recentes construções de Alexandria. Eu me sentia infinitamente mal por pensar que ele provavelmente estava morto de cansado, mas ainda assim estava ali, me ajudando.
— Quer falar sobre o que aconteceu?
Ele tinha sido muito gentil em ter me deixado ficar em sua casa sem ter feito nenhum tipo de pergunta até ter a total certeza que eu estava mais calma. Foi ideia dele fazer um chá para que eu organizasse meus pensamentos e processasse tudo até estar pronta para dizer a ele o que aconteceu.
— Minha filha me odeia.
Sam franziu o cenho e se sentou ao meu lado. Meus pés estavam encolhidos até a altura dos meus seios e eu segurava a xícara verde com certa força.
— E por que diz isso?
Passei a língua por meus lábios ressecados e assoprei o chá quente, tomando um longo gole depois.
— Porque eu estraguei tudo. Eu sou um monstro e uma grande mentirosa.
Sammy se ajeitou no sofá e me encarou mais intensamente.
— Aquele homem... Tudo isso tem alguma coisa haver com ele? – Perguntou preocupado e eu me remexi, incomodada. – Ele te fez alguma coisa?
— Não... Quer dizer... – Coloquei a mão no rosto. – Droga, eu não sei.
— Certo... E o que você quer dizer com isso?
Ainda com a mão no rosto, decidi que o melhor seria abrir o jogo com o Sam. Ele ainda não sabia sobre o Negan, bom, pelo menos não por mim. Obviamente ele já tinha ouvido sobre as histórias, os Alexandrinos eram um povo bem fofoqueiro, mas, de certo modo, ele nunca tinha escutado nada sobre o assunto saindo da minha boca.
Respirei fundo e tirei a mão do rosto.
— Ele... Ele é o Negan.
Sam franziu o cenho e me olhou em confusão. Acho que demorou alguns segundos até ele cair na real.
— Espera... Está me dizendo que aquele cara lá embaixo é o Negan? – Sua voz adquiriu um tom de pavor. – O mesmo Negan das histórias de horror que os Alexandrinos contam?
— Sim...
— Você está me dizendo que...? – Sam arregalou os olhos. – As histórias são mesmo verdadeiras? Você...
