— Temos trabalho! — Aldous disse quando todos chegaram.
Eles espalharam-se à vontade no quarto e Chase falou:
— Temos um acordo que os rapazes relatarão eventos para Alexa por uma semana. Isso pode nos livrar deles. Latisha e Laura precisam distanciá-los dos problemáticos.
— Hm... ajudo, mas precisarei de atenção — sorriu, lasciva.
— Byron te dará atenção, durante e após a semana, se preciso.
— May... pode ajudar — disse Latisha, olhando May, uma jovem escocesa com cabelos negros, olhos castanhos e semblante sério.
— Não quero participar das suas coisas, irmã — dispensou May.
— Não isto! Vigiar o corredor... vou me distrair, não conseguirei!
— Não estarei em condição de ver nada! Só garantirei que não a toquem — disse Laura, enciumada. — Permito o flerte, é suficiente!
— Eu te amo! — Latisha sorriu, feliz como quem ganha um doce.
— Amos, lida com a cozinha enquanto as meninas ocupam-se? — pediu Aldous, olhando o rapaz libanês de estatura baixa.
— Sim, senhor, meu pai! Será ótimo cozinhar para a família.
— Eu o acompanho na cozinha — disse May —, assim estou no ponto de acesso principal para avisá-los de qualquer um que passar.
— Delano, fica no salão com Fitz? — sugeriu Chase, voltando sua atenção para os rapazes franceses que estavam ao lado de Fitz.
— Oui. — Delano sorriu. Tinha pele clara e longos cabelos castanhos — Pode ser melhor Fitz com Byron. Aldric e eu no salão...
— Gosto — disse Aldric. Tinha pele escura e cabelo grande como Delano com extensos cachos. — Estamos habituados, mais fácil!
— Retornarei ao trabalho, serei necessário? — consultou Irvin.
— É fortuito que vá. Assim, em caso de surto, um sobrevive! — Chase gargalhou, sendo punido por uma das agulhas de Aldous, que o atingiu no joelho, derrubando-o. — Ai, pai! Desculpa! — riu.
— Por favor, filho! — repreendeu Aldous em negativa. — Estarei treinando. Estou impaciente e só percebi enquanto encarava Alexa.
— Impedi ao perceber. Perdoe-me. Cri que suas palavras nos levariam a uma estrada sangrenta — desculpou-se Chase.
— Foi bom! Com isto, aprendemos que devemos ouvir Althea.
— Ela é hors concours. Sua dedicação sempre lhe dá sabedoria. C'est fantastique! — Delano sorriu, recebendo unânime assentimento.
— Infelizmente, o acordo impõe que, ao fim dos sete dias, se nos for recomendado visitar Althea, devemos fazê-lo — anunciou Aldous.
Um silêncio ensurdecedor pairou e todos se entreolharam.
— Claro! — May, irritada, quebrou o silêncio. — Porque, segundo ela, a mãe não está ocupada demais para lidar com as Loucuras. Tsc!
— Era a condição — justificou Chase, duvidando da decisão.
— Não sei como ela pensa cuidar de nós! Parece que tudo objetiva esticar nossa sanidade para testar — reclamou, estressada.
— Sabemos o fim... inevitável! — disse Laura, trançando o cabelo da irmã. — Venenosa! Se tivermos guerra, a cabeça dela é minha!
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Algos - Livro α - 3ª Edição
SpiritualSe há dor em tudo, é realmente necessário curar? O que dói em ti? Presente, passado, futuro O tempo. No fim do dia, O anseio de tudo que vive é apenas ser livre! Mesmo que doa. O existir. Loucos podem chorar? Loucos podem lutar? Amar? Doentes podem...