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 — O sorriso de Epifron apagou cedo. É uma pena, gosto dele. Gosto dos sétimos na reunião! — disse Patience, quebrando o silêncio e retomando a seriedade. — Posso propôr uma mudança na pauta?

— Ai, Praxidice... o que está inventando!? — questionou Aldous.

— E qual seria a pauta levantada!? — indagou Alexa.

— Condenação a longo prazo... segregação social... preconceito... Juram que só eu vi!? Até Yurri que é lento viu!

— Não queremos falar disso! — Aldous sentiu o ar faltar.

— Devemos! Você é alvo agora... até quando? Deixaremos? — arguiu. — Sou debochada e sarcástica, mas até minha mente sabe o que é certo e errado... e o que ocorre com os sétimos é errado!

— Sei que sou suspeito em concordar — disse Yurri —, mas presiese e eu concordamos ser cruel. Os degraus disseram que pyn caiu; vi irmãos achando tarde. É lastimável! Não convivo com pyn, mas não quero sua morte! Ver irmãos desejando me entristece...

— O que está acontecendo!? — questionou Patience, levantando o tom de voz. — Isto nos entristece e precisa mudar!

— Nada justifica! — disse Carlia. — Não tenho problema com os sétimos, vivemos uma discórdia divertida. — sorriu. — Gosto de como ele trata meus sobrinhos e, por isto, o admiro.

— Todos estão sensibilizados com o ocorrido na Grande Guerra, não podemos culpá-los, mas Aldous não colabora — justificou Nap.

— E nossa parte!? — Patience arguiu. — Althea e ele se amam e ela é a única que mantém ética, o defende com garras e dentes como fez e fará por nós... mesmo eu, tenho que lavar a boca ao falar dela.

— Concordo! — Aldous arfou. — Acabou? — Olhou todos.

— Pouco tenho contra o sétimo, ele tem seus métodos e surtos, como todos... estar onde está é um milagre e devemos parabenizá-lo por resistir. Apesar de não estar familiarizada, gosto da verdade que sinto quando Epifron fala que a horda é poupada da Loucura. — Imalda sorriu, deixando as presas à mostra. — Sem veneno!

— Quando se ferem física ou emocionalmente não são poupados — afirmou Alexa. — Discordo do que ocorre aos sétimos, mas o que vivem é fruto de suas próprias ações... É difícil defender alguém que não quer defesa! Difícil estender a mão a quem nunca aceita ajuda!

Algumas agulhas animaram-se, mas Chase as impediu.

— Não falaremos do que há em minha casa! — Aldous disse, trêmulo. — Não saí louco... matando pelos degraus. Apesar de pouco qualificado, rasgo minha alma para resistir! Não quero seu amor. Sou grato aos que querem mudar e desejo as bençãos da mãe... mas, não falarei com Anaideia sobre... não quero! Dará errado... não posso!

Aldous engoliu seco, levantou a cabeça.

— Se não conversará comigo, conversará com quem!? — indagou Alexa. — Não creio que ajo contra, quando cuido de vocês e muitos enxergam meu cuidado positivamente.

O mestre riu, tomou da taça e a intensa revolta do vinho a quebrou. O mestre fechou o punho com raiva, arrepiando com as pequenas perfurações... e mais agulhas se animaram.

A Loucura se agitou no menino, cessando sua supressão.

— Pseudos, agulhas! — disse Chase, indo até o mestre.

Byron tocou para findar seu movimento, causando uma garoa sobre a mesa. Fitz anestesiou a mão do pai e Chase removeu os estilhaços. Impaciente, ignorando a etiqueta, Aldous apoiou o cotovelo na mesa, segurando a cabeça de olhos fechados.

Algos - Livro α - 3ª EdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora