— Meu filho! — Althea chamou.
Chase ainda estava em seu quarto, abraçado com sua bandura, tinha o olhar bem distante, mas teve a atenção invocada por ela.
— Minha mãe. — Ajeitou-se na cama. — Como está o pai?
— Está bem, momentaneamente inconsciente — sorriu. — Se quiser, pode ir. Pedi uma refeição e o farei comer antes de partir.
— Obrigado! Ele come tão pouco, não sei como não é mais magro... mais impressionante é comer pouco, beber tanto vinho e estar sempre sóbrio... um milagre do sétimo guardião! — riu, irônico.
— Claro! — Ela riu, em negativa, pelo humor exótico.
— Partirei. Não sei como está tudo em casa, aviso sobre o pai — riu, despretensioso, cumprimentando-a. — Voltarei ao trabalho.
Althea voltou ao salão, rindo da insinuação do filho. Começou a limpar tudo enquanto esperava a refeição, servida por Aseth.
— Posso ajudar, minha mãe?
— Não se preocupe... só estava aguardando sua chegada! — Ela sorriu, indo até ele e beijando-o na testa. — Obrigada, meu filho!
— Parece melhor! — sorriu, aliviado por sua palidez restaurada.
— Estou! — Enquanto o filho deixava o salão, aproximou-se de Aldous, acariciando seu rosto. — Aldous, meu amor!
Foi um lento despertar, ele fitou de Althea, sorrindo, saudoso.
— Já acabamos!? Desacordei? — perguntou, retribuindo o afago.
— Sim, comeremos e, apenas depois, pode voltar para casa.
— Sim, senhora! — acatou, sentando. — Machucou-se?
— Foi tudo bem. Devia conversar mais comigo — disse, sentando ao seu lado. — Talvez não transbordasse tanto se aceitasse ajuda... talvez diminuísse os acidentes. Não diga ser complexo, apenas pense.
Foi uma refeição silenciosa. Ao fim, Althea serviu vinho.
— Retornarei — disse, pegando a taça. — Obrigado por tudo!
— Sempre estarei aqui.
Receando o retorno do assunto, ele bebeu o vinho rápido! Terminando, passeou com sua energia, como um vento pelo chão, reunindo as lascas vermelhas sobre a louça suja.
— Assim ajudo!? — riu, beijando-a na testa. — Senhora, partirei!
— Está dispensado, guardião — cumprimentou.
***
Chase estava sentado, perto dos degraus, tocando uma canção.
— Mestre Algos — cumprimentou, levantando. — Irvin acordou e voltou ao plano vivo, mas virá jantar. Aldric também acordou, mas aguarda Delano. Nada de Byron e Fitz. O herdeiro dorme — reportou.
— Obrigado. Tomarei um banho.
— A mãe está bem?
— Gosto de crer que sim — disse, tentando não pensar.
Passando na cozinha, Aldous viu May e Amos cozinhando algo doce, que perfumava a cozinha; antes que o vissem, ele seguiu. Foi ao quarto do aprendiz e o fio de sua vida indicava o despertar próximo.
No quarto da horda, Aldric estava ao chão, recostado à cama de Delano. Rapidamente levantou para cumprimentar em silêncio. Aldous retribuiu e observou Byron, Fitz e Delano, orando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Algos - Livro α - 3ª Edição
EspiritualSe há dor em tudo, é realmente necessário curar? O que dói em ti? Presente, passado, futuro O tempo. No fim do dia, O anseio de tudo que vive é apenas ser livre! Mesmo que doa. O existir. Loucos podem chorar? Loucos podem lutar? Amar? Doentes podem...