Iven iniciou os lentos passos, seguido de seu general, tenentes-generais e aprendiz que portava um tanto e uma longa flauta doce.
— Bom dia, irmãos, sobrinhos, criança! — Iven sorriu, gentil.
Aldous retribuiu com um sorriso e eles juntaram-se à marcha.
Ianos juntou-se, apenas os cumprimentando com meia flexão.
Chegando, Alexa os aguardava de pé, próxima à entrada. Podia-se ver os selos delimitando a área do desafio no fundo do salão.
Todos cumprimentaram-na, seguindo a ordem hierárquica.
— Bom dia, meus irmãos. — Alexa sorriu.
Aldous fugiu o olhar, incomodado. O arrepio alastrando-se em seu corpo foi visível e sua palidez intensificou, como se estivesse diante de seu pior pesadelo, exigindo que o mestre respirasse fundo.
— Hoje, recebemos Allatu em nossa casa — anunciou Alexa. — Espera-se que o vencedor seja correto e reto perante às leis de nossa mãe e de suas casas. Exige-se respeito das crianças do Estige que dedicam sua vida à manutenção do todo. Respeito consigo, com os seus, com tudo que há de vivo ou morto, tudo que existe e inexiste.
Após um breve cumprimento e um gentil sorriso, Alexa virou-se e seguiu na direção dos selos. Todos acompanharam-na, solenes.
À frente do selo, a sacerdotisa estendeu a mão direita e, sobre um pedestal atrás da área do selo, surgiu a bela silhueta de Allatu, representada altiva, líder e ditadora, pecado e expurgo.
— Com felicidade e tristeza, uma vez mais, estamos aqui para lhe vestir. Que junto a tua vontade, teu portador materialize a vontade da mãe — sorriu, abaixando a mão estendida. — Assumam!
Sigmund seguiu ao interior da área, observou o quanto os selos diferiam do que observara no desafio na sexta escadaria, atendo-se a não olhar para o rapaz para manutenir sua sanidade e concentração.
— Este será um desafio marcial até a morte. Apliquem toda tua capacidade. Espero que prezem pelo respeito com o próximo.
Frente ao rapaz, Sigmund o observou. O rapaz sorriu, gentil, cumprimentando-o com meia flexão e Sigmund retribuiu.
"Estudarei. Sem cristais", disse ao seu outro eu.
"Mova-se bastante, assim também posso observar."
"Se ataques mentais são sua principal arma, você é mais eficiente contra isto que eu. Então, coleto informação, você finaliza!"
"Gosto quando sabe das coisas, monge!", riu.
Os sinos de Alexa deram início ao embate. O rapaz se provou ágil ao atacar com o tanto, obrigando Sigmund a assumir a defensiva.
"Será que se ele acertar, enlouquecemos mais rápido?", gargalhou seu insano eu, causando-o inevitáveis risadas.
Os primeiros trinta minutos seguiram com ambos estudando-se, apesar de o rapaz não abandonar a ofensiva.
Sigmund observou quando a sinfonia do rapaz passeou na flauta, emitindo um fino e baixo som que ressoou em sua cabeça como a perfuração de uma fina agulha.
Ele afastou-se para concentrar-se na estabilidade, receoso.
"É suave, monge. Não desestabilizará! Siga."
O rapaz mudou, pondo a flauta entre os dedos, pegando na divisão do bisel com o corpo, e assumindo a defensiva com o tanto.
"Os truques com aquela porcaria vão começar... Argh!"
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Algos - Livro α - 3ª Edição
SpiritüelSe há dor em tudo, é realmente necessário curar? O que dói em ti? Presente, passado, futuro O tempo. No fim do dia, O anseio de tudo que vive é apenas ser livre! Mesmo que doa. O existir. Loucos podem chorar? Loucos podem lutar? Amar? Doentes podem...