27. A partida

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NOVEMBRO DE 1836,

A PARTIDA DO CASAL DE VOLTA PARA CASA.

Sam entrou no quarto e fechou a porta atrás de si enquanto soltava um suspiro pesado. Aquilo tinha sido uma verdadeira guerra, com olhares e suspiros sendo usados como armas e lançados de um lado da mesa para o outro. De um lado da mesa, durante o jantar, a general Margot Hildegart lançava seus olhares mortais para o comandante de tropas Dean Hadley, que devolvia com o olhar de leão dele e causava os suspiros enraivecidos em Margot. Toda a mesa esperava o momento em que um dos dois diria algo, mas nenhum dos dois disse nada e Sam não recebeu mais do que um olhar de reprovação da sua mãe.

- Poderia ser pior. – Dean disse, parecendo de bom humor, e sentou-se na beirada da cama.

- Poderia ser melhor. – Rebateu Sam e ele lhe deu um sorrisinho de lado.

- Sua mãe precisa aprender que olhar de cara feia não vai te tornar heterossexual. – falou ele.

Sam deu de ombros e começou a soltar as abotoaduras da camisa. Ele estava exausto, tinha passado por muitas emoções naquele dia e tudo que mais queria era poder deitar-se na sua cama, com Dean ao seu lado, e relaxar, aproveitando que os dois tinham se resolvido e estavam juntos. Pelo menos algo bom naquele dia de merda.

- Podemos não falar da minha mãe... ou da minha família no geral? – pediu ele.

Dean assentiu, levantando-se da cama e aproximando-se dele, parando há alguns centímetros de Sam e encarando-o nos olhos.

- Sobre o que quer falar? – perguntou e Sam encolheu os ombros. – Eu tenho algumas ideias.

- Tenho certeza de que tem. – Murmurou com um revirar de olhos. As ideias que Dean com certeza devia ter não deviam ser coisas ruins, Sam tinha certeza, fazia semanas que tinha saído de Boyce Castle e que não transava com Dean, tinha pensado naquilo durante muito tempo em cada um daqueles dias, e só a possibilidade já o enchia de desejo e deixava-o rijo. – Quais suas ideias, Vossa Graça?

As mãos de Dean seguraram a sua cintura e seus lábios deslizaram para o rosto de Sam, indo até o ouvido dele e roçando de leve na pele sensível conforme ele sussurrava:

- Quero que você me coma.

O pau de Sam pulsou nas calças com o tom de voz rouco dele e Sam engoliu em seco.

- Tem certeza? – indagou, incerto. – Nunca fizemos isso.

- Por isso mesmo. – Dean disse ao afastar-se e seus olhos negros e nublados de desejo encontraram os de Sam.

A boca dele encontrou a sua e Sam sentiu a língua de Dean invadindo-o, tomando-o, e ele se entregou, permitindo que suas roupas fossem arrancadas enquanto se beijavam e ele também despia seu noivo enquanto iam para a cama. Aquela sensação que Sam sentia, a falta que o seu corpo sentia daquele contato íntimo, o desejo de estar outra vez com Dean e poder tê-lo para si para sempre, em cada um dos seus dias futuros era algo tão forte, intenso e visceral que fazia Sam suspirar quando era tocado por Dean daquela maneira que desejara tanto.

Ali, agora não eram mais duque e criado, eram apenas dois amantes, duas pessoas apaixonadas que se desejavam e que queriam muito estarem juntos. Sam amava aquele homem à sua frente, que viera até Gruffin atrás dele e que estava disposto a se tornar alguém melhor, a mostrar aos outros que era melhor, e tinha muito orgulho dele.

Dean parou à beira do colchão, segurando a cintura de Sam com as mãos enormes e fortes.

- Eu nunca fiz isso. – Lembrou ele. – O último que foi homem comigo foi o meu... o antigo duque... quando me molestava na infância.

O amor do agenteOnde histórias criam vida. Descubra agora