girls in boarding school

Capítulo 1

Sob o luar prateado, nossa pele reluz como joias. Mergulhar nua nas gélidas águas do Rio Norte após a dança do Halloween é uma tradição do Internato Jyp, embora muitas alunas não tenham coragem de honrá-la. Três anos atrás, fui a primeira caloura não apenas a pular, mas também a ficar debaixo d'água por tanto tempo a ponto de acharem me afogado-o que eu não pretendia fazer. que tinha

Pulei porque podia, porque me sentia entediada, porque uma aluna do último ano havia tirado uma onda com a minha cara por causa da patética fantasia que usava, e eu queria provar que era melhor do que ela. Fui nadando até o fundo, empurrando e deixando para trás tufos de musgos e algas, e permaneci lá. Afundei os dedos nos lodos macios que se desfaziam, até que meus pulmões se contorceram e convulsionaram, porque, mesmo com a água congelante cortante como facas, não havia som. Uma sensação de paz me inundou. Era como estar encasulada em segurança em um espesso bloco de gelo, protegida do mundo. Poderia ter permanecido lá se quisesse, mas meu corpo não permitiu. No momento em que irrompi na superficie, veteranas gritaram meu nome e me passaram uma garrafa de champanhe choca, mas dispersamos quando a polícia do internato entrou em cena. Essa foi a minha "chegada" oficial no Internato Jyp. A primeira vez que me afastava de casa. Eu não era ninguém, mas estava determinada a me redefinir por completo e virar uma garota do Internato Jyp; portanto, tão logo dei aquele mergulho, soube exatamente que tipo de garota eu seria. Do tipo que pula primeiro e fica debaixo d'água dez segundos além da conta.

Agora, somos as veteranas, e nenhuma aluna do primeiro ano se atreveu a vir com a gente. Minha melhor amiga, Olivia Hye, está correndo na frente, o corpo esguio de estrela das corridas cortando o ar noturno com tanta rapidez. Normalmente nos despiríamos debaixo dos arbustos espinhentos que ladeiam o lago perto dos dormitórios da Chaes, nosso ponto de encontro tradicional depois que nos preparamos para o jogo em nossos quartos e saímos juntas aos tropeços pelo gramado, ainda fantasiadas. Mas Olivia foi chamada antecipadamente por Manoban nesta noite e está com a corda toda. Exigiu que nos encontrássemos com ela às 23h50, dando-nos apenas o tempo entre a dança e o mergulho para nos livrar de objetos de valor, pegar o máximo possível de bebidas e lidar com os dramas de nossas caras-metades. Então nos encontrou na beirada do gramado, trajando apenas um robe de banho, um largo e animado sorriso no rosto, as bochechas ruborizadas e o hálito quente e doce causado pela sidra forte. Ela deixou cair o robe e disse:

-Eu desafio vocês.

Chaeyoung Manoban ou como preferimos chama-la de Rosé, corre logo na minha frente, pressionando as mãos sobre a boca para conter a risada. Ainda está com um par de asas de anjo agitando-se atrás dela, e os longos cabelos dourados contorcem-se ao vento. O restante de nosso grupo segue atrás. Im Sana tropeça na raiz de uma árvore, quase causando um engavetamento. Park Mina para de correr e cai no chão, rachando o bico. Vou andando mais devagar, com um largo sorriso no rosto, mesmo que o ar minha pele toda arrepiada. Ainda sinto um tremor por causa do mergulho gélido, mas minha parte predileta agora é ficar congelante deixe aninhada com a Olivia Hye debaixo de uma montanha de cobertores, rindo disso depois.

Estou prestes a realizar minha corrida final, cruzando o trecho de musgo morto que se estende da saída de emergência até a beira do lago, quando ouço Olivia gritar. Rosé para com tudo e passo por ela aos empurrões, seguindo na direção do som de respingos de água frenéticos. O som da voz histérica de Olivia se torna mais e mais agudo, repetindo meu nome sem parar, cada vez mais rápido. Vou passando afoitamente pelos arbustos, os espinhos entalhando faixas brancas e vermelhas em minha pele, seguro nas mãos de minha amiga e a arrasto para fora do lago.

-Hyunjin

Olívia diz em meu pescoço, a voz um sussurro, e o corpo gotejante treme violentamente, os dentes batem uns nos outros e vibram. Meu coração espanca minhas costelas enquanto olho para ela, examinando-a em busca de cortes ou sangue. Seus densos cabelos negros, ensopados, colam-se no crânio; a pele branca e macia, ao contrário da minha, está imaculada.