girls in boarding school

Capítulo 17

Sana pov on*

( Atenção esse pov contém gatilhos, leia com cautela, música tema Cry baby e Daddy Issues)

"Não sei porque sou do jeito que sou. Alguma coisa me faz odiar tudo."

Sempre fui diferente. Na escola fazia coisas demais, era brilhante demais e, de repente, ficava triste. Passei parte da vida tentando entender por que tinha os sentimentos tão violentos.

Perto dos 10 anos, minha mãe procurou uma psicóloga. Aos 14 anos envolvi com drogas. Sempre usei bastante anfetamina e LSD. A droga tinha se tornado indispensável para mim, a agonia era tanta que só usando melhorava. Por sorte minha família nunca descobriu porque se tivesse descoberto talvez eu não seria a mesma ou talvez eu nunca tivesse conhecido a Mina.

A psicóloga foi clara: 'Você de drogada não tem nada'. Pediu que eu fosse a um psiquiatra. Depois de relutar, fui e veio o diagnóstico de transtorno bipolar, aos 15 anos.

Achava que ninguém era mais competente do que eu. Meu pensamento era em alta voltagem. Se uma pessoa falasse devagar, já me irritava. Enquanto eu conversava, fazia na cabeça a agenda do dia.

O médico me passava remédios, mas eu não tomava. Pensava: 'Por que vou me tratar se sou o máximo?'.

Foi um desastre, porque aí tive uma crise de depressão grave, eu era uma estudante.

Só então aceitei o tratamento. Demorou até acertar a medicação. Não cheguei a ser internada, mas não podia ficar sozinha. Meu pensamento recorrente era melhorar para poder me matar.

Me estabilizei e voltei a estudar. No final, não consegui minha autoestima ficou no pé, mas eu não segurava a tensão de ser uma estudante.

Eu era filha de Nayeon e da Jeongyeon, eu sou filha biológica da Nayeon, mas Jeongyeon sempre cuidou de mim desde que nasci...mas depois.. ah.. vocês sabem, meu pai? não conheço assim que nasci ele disse que não cuidaria de alguém como eu... é... no final de tudo eu entendo porque ele não quis cuidar de mim.

Na minha família que a cada dia que passa, trazem uma carga de sofrimento, revolta, desprezo, desrespeito, depravação, sem amor ao próximo, que só tende a aumentar a violência e piorar a situação.

As vezes não tínhamos um encontro familiar, ou um almoço, eu tenho duas mães, mas isso não é nenhuma vantagem sempre que uma estava no trabalho a outra estava em casa, elas eram sempre rígidas comigo não é nenhum drama, minha vida era destestavel naquele lugar, e a única coisa que ao mesmo tempo me fazia querer morrer era algo que me fazia sentir viva.

Ela é tão boa em ocultar coisas e...esconder, evitar.

Minha mãe...sabia esconder que tudo estava bem, mas tudo estava uma merda, minha existência não fazia nenhum sentido por aqui, porque eu sou apenas uma estudante, drogada e transtornada.

Minha vida era imperfeita, elas até falavam um pouco comigo ou até mesmo me dava um pouco de atenção mas quando elas descobriram meu transtorno elas me trataram como se eu fosse um lixo como se aquilo fosse culpa minha.

Elas não ligavam pra nada que eu fazia, e se tirava nota baixa era um tapa forte no rosto, não fui na psicóloga? Era mais um tapa no rosto só que mais forte que chegava a sangrar.

"Sana, você tirou 6 na prova de matemática".

Minha mãe Nayeon dizia.

Ela parecia furiosa.

Eu tentava falar alguma coisa com os olhos lacrimejando...mas..ela nunca me ouvia.

Eu tentava levar na brincadeira o fato de ter tirado um 6 mas nada que eu fazia dava certo, e no final era só humilhação que eu recebia.