Eu estava com medo.

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 Yooo



É um capítulo que nos revela bastante coisas.
Espero que gostem dele.


Boa leitura!!!!


...



Decimo Primeiro Capitulo

Eu estava com medo.

- Acorde, meu amor. - Sussurrou e Harry abriu os olhos devagar, ele olhou em volta. Então começou a se desesperar, ao ver ele ainda ali.

- Não...

- Não se preocupe, eu ainda não fui embora. - Falou baixo, olhando para ele, Harry olhou para a janela, vendo que começava a amanhecer. - Eu queria conversar com você, antes de ir.

- Não á nada que eu queira conversar com você. - Soltou enquanto olhava para o rosto dele. - Eu confiava em você, eu... como você pode fazer isso. Eu não sou como ele...

- Vocês dois são tão iguais. - Falou e sorriu triste, ele se sentou, então olhou para Harry. - Eu odeio isso... nascer destinado a alguém, isso é a pior coisa que a magia poderia ter criado.

- Você... você não tem um parceiro? - Perguntou se encolhendo, Harry se sentou, ele tentou usar magia, mas não conseguiu.

- Não, e eu amava de mais seu pai, éramos... estávamos tão bem juntos.

- Eu não vou ocupar o lugar dele, não sou ele. - Harry falou enquanto começava a chorar, ele olhou para a mão dele, vendo a varinha ali, devia estar pronto para tirar sua memória.

- Quer saber por que decidir ir mais longe hoje? - Harry o olhou com nojo.

- Eu quero que vá para o inferno.

- Eu vou ter que ficar um tempinho longe, uma semana. Mas prometo que quando eu voltar, nós vamos nos amar novamente.

- Espero que morra nessa semana. - Falou irritado.

- Não se preocupe, você não conseguira dizer nada a ninguém, deixarei um feitiço em você, também não se lembrara do meu rosto e da minha identidade. Não conseguira dizer nada associado a isso. - Falou e deu um sorriso. - Não se esqueça da nossa maravilhosa noite, por favor. Quando sair de Hogwarts, teremos muitas noites assim.

...

Três dias depois

Harry acordou de repente, ele entrou em desespero, ao acordar de repente e olhou em volta, então se sentou, ele respirou fundo, e olhou para fora, já estava escuro. Harry olhou para o relógio e marcava 1 da madrugada.

Ele se sentia extremamente leve e livre, Harry abriu a boca e puxou o ar, então saiu da cama, se arrumou apressado e saiu de lá, a capa o cobrindo e foi direto para os aposentos do professor, sentia que conseguiria, que era isso que devia fazer, e nada parecia estar o impedindo. Ele bateu desesperado na porta, várias vezes seguidas até o professor abrir, então o olhou surpreso e assustado ao ver as lágrimas escorrendo.

- Pro... pro.... Professor. - Severus abriu a porta, ele ficou surpreso ao encontrar o garoto de ouro tremendo e chorando no meio da noite em sua porta.

- O que está fazendo aqui Harry? - A voz saiu mais áspera do que desejava.

- Eu... eu preciso de ajuda. Por favor. - O garoto tremia violentamente, Snape se sentiu mal ao ver aqueles olhos banhados em lágrimas, ele se aproximou, mas parou, sabendo que o garoto não aceitaria toques. A forma como ele estava, o jeito que chorava, o que... Snape se sentiu sufocar, ao imaginar.

- O que aconteceu? - Harry limpou o rosto.

- Eu... eu... - Ele olhou em volta e chegou mais perto, com medo que outra pessoa ouvisse. - Não... não... - Sussurrou olhando para ele assustado, Severus o olhava sem entender, até que sua pergunta a Harry veio a sua mente e ele olhou para ele.

- Quem... quem foi? - Perguntou sentindo a raiva o tomar.

- Eu não sei, não faço ideia. - Falou chorando, ele caiu de joelhos, chorando. - Eu não lembro, eu não consigo lembrar, me desculpa.

- Está tudo bem Harry, tudo bem, nós vamos descobrir, não se preocupe. - Falou se abaixando, Harry se encolheu mais.

- Sempre depois das 1 h da manhã, eu fico muito sonolento, então eu sinto mãos, elas sempre me tocavam de várias formas, mas eu não conseguia ver seu rosto, somente as mãos. - Severus olhava para ele sério. - Mas a alguns dias, ele... ele...

- Não precisa continuar, eu entendi.

Severus se sentiu extremamente culpado e irritado, então aquelas marcas, o estado dele, ele não sabia quem era, por isso nunca contou? Ele devia ter percebido, deixou que as coisas chegassem aquele ponto, Severus se sentiu mais culpado.

- Entre. - Snape falou frio e o esperou entrar, ele se sentou em uma poltrona.

Então para o completo horror de Snape, ele descreveu tudo que havia sentido a algumas noites atrás, como ele havia achado no início que eram sonhos e depois, quando acordou com as marcas, ele percebeu que não era.

- Porque não veio antes? Faz a porra de três dias moleque. - Harry se encolheu e Severus se arrependeu pelo tom usado. - Me desculpa, me desculpa, eu estou tão irritado, eu quero matar essa pessoa, quero... Mesmo que só me mostrasse seu corpo, eu teria entendido, teria feito algo, eu pedi que me desse um sinal, fui até você várias vezes.

- EU ESTAVA COM MEDO, não sabia em quem confiar. - Falou o garoto olhando em seus olhos. Snape sentiu um arrepio. - Eu não sabia para quem pedir ajuda, podia ser qualquer pessoa. Poderia ser você, poderia ser... qualquer um aqui dentro de Hogwarts. E... ele disse que usaria um feitiço que me impediria de vir a qualquer um, mas pelo visto, falhou, talvez tenha acontecido algo, eu preciso contar tudo, para que se algo acontecer, você possa me... pode me proteger?

- Eu prometo, eu vou proteger você.

Severus se sentiu angustiado, ele apertou o punho e pensou sobre as probabilidades de ir até Dumbledore. As coisas iam se espalhar muito rápido e a pessoa recuaria, e provavelmente fugiria. E Dumbledore não seria tão util. Ele sabia o que Severus passou durante sua adolescência, mas nunca moveu um dedo para fazer nada.

- Você vai dormir aqui, entendeu. - Harry o olhou surpreso. - Amanhã eu irei verificar suas memorias e ver se consigo achar algo. Depois irei até seus aposentos.

- Obrigado.

...

Harry olhou em volta, enquanto entrava nos aposentos pessoais do professor, ele andou até a lareira e se abaixou, se cobrindo com a capa mesmo, enquanto tentava fazer aquele frio estranho passar.

- Você... Você amava meu pai? - Harry perguntou, ele se encolheu mais, aproveitando o calor da lareira.

- O que? - Severus o olhou confuso. - De onde tirou isso, garoto? - Severus parecia mais irritado agora.

- Eu ouvi o Professor Slughorn dizendo, que você era apaixonado por ele. - Snape se sentou, passando a mão pelo rosto, sem acreditar que ele realmente precisaria contar a Harry aquilo. - Ele disse que vocês dois estavam agindo como idiotas apaixonados.

- Eu não era apaixonado por seu pai, Harry, deve ser o que pensaram, no entanto, foi apenas coincidência... não, não era coincidência. - Severus falou, ele levantou o rosto olhando para Harry. - Seu pai e Sirius deviam ter descoberto que eram parceiros. Na mesma época... eu não fazia ideia disso, que os dois eram companheiros, eles nunca contaram para ninguém, e a proximidade dos dois sempre foi comum, eles eram melhores amigos, então eu nunca liguei muito, mas... eu... - Ele respirou fundo. - Eu estava apaixonado por Sirius. 



....


Então??
Quem você acredita que seja?

Malditas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora