Qualquer coisa?

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Decimo Oitavo Capítulo

Qualquer coisa?

- Diga Severus. - O Lorde parou na frente dele, Severus ergueu a cabeça, olhando diretamente para os olhos vermelhos.

- Harry Potter é uma horcrux. - O Lorde continuou o olhando, então ele levantou a varinha, expulsando todos os comensais que ainda estava lá, ele começou a andar de um ado para o outro, enquanto praguejava.

- Como sabe sobre isso? Como? - Perguntou puxando o ex-comensal pela roupa, ele apontou a varinha para o pescoço dele. - Quem mais sabe sobre isso?

Harry... e Dumbledore, foi ele quem nos contou. - Falou ainda com o mesmo olhar frio, o Lorde o soltou irritado, ele se virou e destruiu em uma única onda de magia completamente a mesa e as cadeiras que estavam mais à frente. - É por isso que vocês têm essa ligação, na noite que tentou matar ele... ele se tornou, sem sua intenção, uma horcrux. Se você o matar, estará se matando.

- Isso... isso é...

- Eu preciso trazer ele para cá. - Falou e o Lorde o olhou, confuso. - Harry está em perigo em Hogwarts, tem coisas acontecendo, e... eu acredito que Dumbledore seja o causador de tudo, e se não for, ele com certeza está ajudando de alguma forma.

- O que está acontecendo? - Severus baixou a cabeça.

- Contarei quando o trazer, preciso voltar para Hogwarts logo, ele está apenas sobre os cuidados do Black, não sei se ele é a pessoa mais confiável agora. - Falou e então soltou um suspiro, ele olhou para o lado. - Eu descobri que ele é o pai de Harry.

- O Black? Sirius Black? - Perguntou surpreso, Severus assentiu. - Como?

- Ele era o parceiro magico do Potter, você deve saber como funciona. - Falou e o olhou, Tom assentiu. - Você devia contar a Lucius...

- Cale-se. - O lorde falou irritado, Severus abaixou a cabeça. - Nunca mais toque nesse assunto.

- Sinto muito. - Falou e o Lorde se virou, ele respirou fundo.

- Desde que você me traiu a quase dois anos, eu não tenho tido um segundo de descanso, você sabe, depois de você, Lucius é a pessoa que mais confio.

- Você tem mantido essa aparência o tempo todo?

- Sim. - Falou e então olhou para o mais novo. - Você está de volta? - O Lorde perguntou o olhando.

- Eu nunca o deixei, Milorde.

...

- Perigoso? Vocês já o prenderam, não é? Não há mais o que temer. - Falou irritado e saiu de lá.

Ele foi direto para o quarto, mas havia Aurors lá ainda, ele voltou e lembrou das palavras do professor, ele respirou fundo e foi atrás de Draco. Precisava sair de lá, antes que o velho decidisse o prender. Harry foi até a comunal da sonserina, ele viu o Malfoy, o loiro estreitou os olhos e fez um sinal, para Harry o seguir.

Ele já estava esperando? Se perguntou enquanto seguia ele para as escadas, Harry pegou a capa e colocou, sumindo, Draco sabia que ele ainda estava ali, ele continuou até o sétimo andar, após verificar os arredores, eles entraram na sala precisa.

- O que vamos fazer aqui? - Perguntou confuso, viu Draco abrir um armário estranho.

- Entra. - Falou e Harry foi devagar, desconfiado, ele entrou e Draco também, ficando sem espaço e quando a porta fechou, ele abriu uma porta atrás dele e os dois saíram dentro do Borgin & Burkes.

- Nossa...

- Vamos Potter. - Draco falou sério, Harry começou a seguir ele, então do lado de fora Draco estendeu a mão. Harry hesitou, olhando assustado, até olhar para os olhos do puro-sangue, que esperava pacientemente pela mão.

- Posso segurar no seu ombro? - Perguntou e o loiro balançou a cabeça afirmando, ele baixou a mão e assim que Harry tocou nele, os dois aparataram.

Harry se afastou do loiro assim que pararam, sua cabeça girava, ele se curvou para frente, enquanto respirava fundo, tentando fazer aquele enjoou passar, respirou fundo várias vezes e então se levantou, dando de cara com alguns comensais e o próprio Lorde.

- Harry Potter. - Ele ouviu vendo o Lorde levantar as mãos, um sorriso nos lábios, Harry sentiu um arrepio estranho e se afastou, assustado. - Onde está Severus? Ele disse que o traria pessoalmente.

- Eu não sei. - Draco falou - ele me mandou uma mensagem, dizendo que eu devia tirar Harry Potter de Hogwarts e levar até você, que ele iria vir de bom grado.

- Potter? - O Lorde se aproximou, olhando para a testa dele, onde estava a cicatriz, ele deu um sorriso. - Deixe-me tocar?

- Não... não toque em mim... - Falou se afastando, ele se abaixou, sentindo as pernas fraquejarem e se amaldiçoou. - Se... Severus... ele – Harry tinha lágrimas correndo, ele estava encolhido, a mão do Lorde a centímetros dele. Ele esperou pacientemente, ao ver que ele finalmente falaria onde estava o professor. – Ele foi levado a Azkaban.

- O que? – Voldemort disse irritado. – Sobe qual acusação?

- Me... me ... molestar e estuprar. - Tom olhava horrorizado para o garoto, Harry chorava. – Mas..., mas é mentira... eu sei que não foi ele...

- Pare de gaguejar. – Tom gritou irritado, Harry se encolheu mais. Os soluços vieram. – Quem te tocou?

- Eu não sei, eu não consigo lembrar. - Falou em desespero. - Severus estava procurando a pessoa, então Dumbledore descobriu. - Ele voltou a chorar, enquanto se abraçava mais.

- Se acalme. – Ele olhou para cima, Narcisa estava parada perto dele. – Está tudo bem, ninguém aqui irá machucar você, ninguém ira toca-lo mais. Está seguro!

- Não foi ele... ele não me tocou, Severus não faria isso...

- Harry...

- Por favor... tire ele de lá, eu não quero que ele morra. Por favor, eu faço qualquer coisa... eu imploro. - O Lorde o olhava, o olhar frio e o rosto sem expressão.

- Qualquer coisa? - O Lorde perguntou, Harry o olhou, depois baixou a cabeça.

- Qualquer coisa.

- Bellatrix, vocês já sabem o que devem fazer. Prepare tudo, iremos ainda hoje. - Falou e Harry se encolheu, Voldemort o olhou, então estendeu a mão. - Venha, vamos para meus aposentos.

Narcisa olhou assustada para seu senhor, tanto ela quanto Lucius não conseguiam entender, quando ela fez menção de dar um passo, Harry pegou a mão, ele tremia, mas parecia disposto a seguir o Lorde. Voldemort o levou até seus aposentos, Harry começou a entrar em mais desespero quando ele fechou e trancou a porta.

- Você é uma horcrux. - Ele começou, Harry o olhou, então baixou os olhos.

- Eu já estava desconfiado. - Falou triste.

- Então sabe o valor que tem para mim, não é? - O garoto assentiu, ele continuou encostado contra a porta, a cabeça baixa. - Ninguém nunca mais chegara perto de você. – Falou e puxou ele para si, Harry sentiu uma sensação estranha. Como se fosse algo familiar. – Eu juro, ninguém mais irá te machucar. Eu vou derrubar aquela escola, pedaço por pedaço, até que eu ache quem tocou em você, quem tocou em algo tão importante.

Por que ele se sentia seguro? Era o homem que matou seus pais, certo? Mas se Severus o mandou ir ali, era por que o Lorde o manteria seguro, não é? Se Severus confiava no Lorde das Trevas, ele também podia?  

...

Malditas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora