Esses sentimentos ridículos.

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 Vigésimo Quinto


Os dois saíram da sala em passos lentos, enquanto Draco se mantinha na frente de Harry, protegendo-o, quando passaram em frente a sala que Draco estava antes, Remus já não estava mais lá.

- Eu o deixei aqui, Droga. – Falou entrando em mais alerta ainda.

- Você chegou a desmaiar ele? - Harry perguntou tenso.

- Não tenho certeza, mas pelo sangue, eu com certeza acertei a cabeça. Nós precisamos ir.

- Draco... nós precisamos pegar ele. - Falou e o Malfoy se virou, olhando nos olhos do garoto que baixou, sentindo um desconforto. - Se ele escapar agora, nunca mais vamos ver ele de novo.

- Harry, preciso te tirar daqui e levar de volta, depois o Lorde e Severus podem achar ele...

- Você acha que ele vai dar a eles alguma chance de ser achado? Ele vai sumir e nunca vai pagar por nada - Falou e então sentiu um aperto, ele apertou os punhos, as lembranças agora claras, ele começou a tremer. - Eu quero conseguir voltar a dormir Draco... por favor...

O Malfoy o olhou inseguro, então soltou um suspiro e se virou para começar a procurar pelo lobisomem, ele travou ali, olhando para o bruxo mais velho a alguns passos deles. Harry olhou para o lado, sem entender o porquê Draco travou. Ele sentiu as pernas fraquejarem, as memorias mais uma vez invadindo sua mente.

- Olá meu bem. - Draco apertou a varinha, olhando irritado para ele. - Você devia ter me matado Malfoy, está dentro da minha casa, sobre as minhas proteções. – Falou e riu, Harry segurou forte nas roupas do Draco.

- Até parece que vou cair em qualquer coisa dessa vez. – Falou o Malfoy irritado.

- Não, mas eu só preciso que as enfermarias te expulsem, então até que consiga entrar, ou chamar alguém, eu e meu amor já estaremos longe.

- Draco... - Ele se sentiu mais irritado ao perceber o medo na voz de Harry.

- Não se preocupe Harry, vai ficar tudo bem. - Falou e o olhou de lado, ele tinha um sorriso. - Não importa o que aconteça, você vai sair vivo e livre daqui. - Falou e Harry sentiu uma pontada.

- Draco?

- Fecha os olhos.

- Mas Draco.

- Corra para fora da casa no meu sinal, só pare quando puder aparatar, vá direto para a mansão do Lorde.

- Draco.

- Eu prometo que ele não vai sair daqui.

- Mas...

- Ei Potter, confesso que metade da minha implicância, era por que eu gostava de você. - Draco deu um sorriso e o olhou. - Droga, não sei quando minha inveja em você se tornou esses sentimentos ridículo.

- A conversinha já acabou? Não perca seu tempo Malfoy, James é meu...

- Não o chame assim, o nome dele é Harry, e ele nunca vai ser seu. - Gritou e empurrou Harry para trás. O Potter sentiu seu corpo ir de encontro com a parede e uma cortina de uma fumaça densa subiu, antes dele dar um passo na direção deles, ele ouviu Draco gritar para ele correr.

Harry apertou os punhos e se virou, correndo em direção a saída, ele levou as mãos ao peito, enquanto apertava e sentia as lágrimas descerem, um pressentimento ruim o tomou.


- Você é um garoto corajoso Malfoy.

- Coragem? Não é sobre coragem, não, eu sou um sonserino, e quando queremos algo, nada pode nos parar.

- E o que você quer, o Harry? - Draco ergueu a varinha, ao mesmo tempo que o outro.

- Eu quero que ele seja feliz, e para isso, você precisa morrer.

- Seu...

- Avada...

...

Narcisa olhou confusa para a capa da sonserina jogada na poltrona que havia no canto do quarto. Ela a pegou e começou a dobrar, tentando se lembrar se Draco havia sido chamado, já que ele deveria estar em Hogwarts, esperando o ministério liberar todos, agora que Dumbledore estava morto e Hogwarts não era mais segura.

- Narcisa. – A Malfoy se virou, ela parou o que estava fazendo. – Precisamos conversar.

- Sobre? – Ela deixou a roupa de lado e andou até ele, ela tinha um sorriso.

- Eu achei meu parceiro. – Narcisa parou no meio do caminho, seu sorriso morreu aos poucos e a felicidade foi deixando seus olhos.

- O que?

- Eu... me desculpa, sabe que já havia desistido e que eu nunca procurei, mas... ele... ele sempre esteve aqui.

- Lucius?

- O Lorde é o meu parceiro. – Falou e ela se afastou e andou até uma cadeira que havia perto de uma parede, onde sentou, tentando digerir aquilo. – Narcisa.

- Você deve estar feliz...

- Cisa.

- Me desculpa. – Ela pediu enquanto as lágrimas vinham, ela limpou o rosto.

- Eu posso fingir que nunca aconteceu e....

- Não podemos controlar isso, não a nada que possa fazer. – Falou e deu um sorriso. Lucius não entendeu quando o sorriso dela foi morrendo, enquanto ela olhava para a parede que havia atrás de si, ela se levantou e andou na direção, enquanto Lucius se virava e os dois se focaram na grande parede, os dois olharam para o mesmo nome que começava a escurecer.

...

- Mais que merdaaa... - Severus empurrou tudo o que havia na mesa para o chão, ele sentiu as pernas fraquejarem, não havia dormido nem parado por um segundo desde que Harry sumiu.

- Nenhum avanço? - O Lorde perguntou ao entrar, ele havia ouvido o barulho.

- Não, e os comensais? - Severus puxou a varinha para arrumar tudo.

- Não, eles já rodaram quase toda a Inglaterra, todos os comensais estão procurando.

- Eles podem nem estar mais aqui, ele....

- Se acalme Severus, precisa continuar fazendo as poções, eles precisam delas.

- Não é tão simples, eu queria estar lá procurando e...

- Severus... - Ele parou e se virou, Lucius estava na porta, os olhos vermelhos e o desespero que Severus nunca viu nele ali exposto.

- Lucius?

- O nome do Draco... 



...

Malditas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora