40. A Profecia

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Em um lugar desconhecido, há anos indefinidos atrás

Seis Xamãs estavam reunidos em um local nem um pouco familiar. Era diferente.

Não há como saber onde ou porque estavam lá, porém eles sabiam. Dentre os seis que estavam, havia Amália presente, e também Malcon. Xamãs de Solgardia e Darkydius respectivamente, e ambos estavam quietos e sérios. Por mais que odiassem o reino um do outro, lá eles nem sequer trocavam olhares, como se um assunto superior deixasse o conflito deles de lado.

Gilbert e Cadente também estavam lá. Os dois tigres Xamãs de Amazora pareciam um pouco mais tranquilos, porém também sérios. Eles apenas não compartilhavam a mesma energia tensa que os outros dois.

Entre os dois tigres estava uma enorme dragão fêmea. Essa era Safira, a Xamã do deus Ferales. A grande réptil estava com um rosto curioso, observando o ambiente, só que também estava ciente da importância daquela situação.

Esses cinco Xamãs ditos estavam formando um círculo em volta do sexto e último. O sexto Xamã era um canguru, que estava sentado no centro entre a roda deles. Esse canguru usava um cocar de penas em sua cabeça e segurava um cajado com uma joia verde no topo amarrada. Ele é na verdade Dakar, o mesmo canguru que ajudou no dia da derrota de Cosmical anos depois.

Dakar estava sentado com os olhos fechados, e ele portava seu cajado na horizontal com as duas patas, como se estivesse colocando o objeto ''no seu colo''. Parecia uma pose de meditação, e ao seu lado tinham duas grossas velas acessas, e a sala tinha vários incensos espalhados. Toda aquela sala tinha um chão de madeira com um grande tapete redondo se estendendo nele. O tapete tinha um interessante símbolo de um sol e uma lua grudados juntos, em preto e branco.

Os outros cinco Xamãs aguardavam atenciosamente por algo enquanto Dakar meditava. Até que finalmente, depois de longos minutos de silêncio, o canguru abre seus olhos emitindo uma forte aura brilhosa da cor verde vindo dos mesmos.

-Dakar: Eu vejo claramente... — Diz Dakar com seus olhos em puro brilho verde. Ele pousa seu cajado no chão devagar, deixando suas patas livres.

-Amália: O que é, Dakar?! — Pergunta a Xamã de Solgardia. A hiena estava confusa com o que poderia ser a visão de Dakar. O canguru, sem sair de seu foco, prossegue em narrar o que viu em sua meditação.

-Dakar: Nós somos os Alfas da Segunda Geração, descendentes diretos dos Ancestrais, e nosso tempos serão difíceis. Eu enxerguei agora em minha visão uma grande ameaça que virá até nós em breve.

-Gilbert: Que ameaça?! — O tigre pergunta, apreensivo.

-Dakar: Eu vi um ser maligno. Uma poderosa ameaça capaz de virar nosso universo do avesso, e despedaçá-lo à inexistência, acabando com todas as nossas vidas e destinos.

-Cadente: O QUÊ?! Isso é loucura! Como alguém seria capaz disso?!

-Dakar: ... Foi o que vi. É um mal reencarnado das cinzas. Ela tem um poder absurdo que pode acabar com tudo que é realidade para nós.

-Malcon: Ah, tá bem, tá bem! Que maluquice! Você previu algum tipo de ameaça destrutiva absurda. Eu só quero saber, você pelo menos enxergou alguma solução pra derrotar essa... Coisa? — O Xamã rei de Darkydius questiona. Curiosamente, Malcon não usava a coroa de rei em sua cabeça que costuma usar atualmente. Todos olham para ele por curtos instantes, já que seu temperamento cortava bastante o clima do local. Mas ainda sim, focam em Dakar novamente para ouvir sua resposta.

-Dakar: O que eu vejo são... Seis salvadores.

-Safira: Seis? Como assim? — Pergunta a dragão, que não havia falado até então.

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