111. Reprise de uma velha batalha

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Agora diante do corpo imóvel de Cyrus, o trio se via boquiaberto e sem reação nos primeiros segundos. Isso, claro, até Alpheus disparar correndo até o amigo caído, tentando despertá-lo desesperadamente. Lunar e Duskar vão correndo logo atrás dele.

-Alpheus: Cyrus...! — Ele chama apreensivo, tocando-o com o focinho na tentativa de acordá-lo — ... CYRUS! — Insiste, ao ver que o lobo não tinha reação.

-Lunar: Deixa eu ver ele! — Lunar fala com a voz um pouco temerosa, agachando até o companheiro de equipe assim que o espectro lhe dá espaço, mesmo que relutante. A líder começa a examinar uma das patas dianteiras do eclisero — ... Tá com pulso. — Diz, soltando um suspiro de enorme alívio. Os outros fazem o mesmo gesto em seguida — Ei, Cyrus... Acorda, cara! — Ela tenta animá-lo, e tudo que ela consegue tirar de reação dele é um grunhido de dor, com ele franzindo o cenho sem abrir os olhos, e em seguida ficando sem reagir de novo — ... Ele tá ruim mesmo.

-Duskar: Ei! Olha ali! Tem alguma coisa embaixo dele! — O líder Rebelde aponta, enxergando algo estranho no solo que estava sob o corpo de Cyrus. 

Após seu aviso, Lunar puxa o ilusionista para o lado para afastá-lo daquela parte, e vê o que estava embaixo: Uma mensagem escrita na terra. Eles leem:

 "Uma pequena amostra do que eu posso fazer com quem me desafia. Estarei esperando por você para a nossa batalha no Vale Diamante, xará."

"Assinado: Você, só que melhor."

O príncipe e o espectro apenas olhavam para o texto com os olhos arregalados em perplexidade, enquanto Lunar estava tremendo de cólera. A raiva estava estampada em sua face, com ela rangendo seus dentes e seus olhos fixados de forma furiosa na mensagem. Ela solta um grito de raiva, e começa a atirar poderes contra a área escrita, dando vários socos encobertos de luz e sombra, um em cada punho, e acertando golpes consecutivos. Em seguida, ela fica dando vários pisões na terra, ao ponto da mensagem desaparecer dali. Quando ela para, ainda estava com a respiração forte em sinal de sua raiva.

-Lunar: Ninguém mexe com a minha equipe! NINGUÉM! — Ela grita, causando um eco no final — Você vai pagar caro, sua cópia fajuta... VAI PAGAR CARO! — Lunar dá mais uma patada na parte onde meramente sobravam algumas letras visíveis da mensagem, antes de parar de vez.

Com sua respiração finalmente voltando ao normal, ela direciona seu olhar com pesar e preocupação para Cyrus, segurando-o em seus braços mais uma vez. Alpheus sentava perto dela, sem tirar os olhos do desmaiado, com suas antenas abaixadas em gesto aflito e assustado. Depois de alguns segundos, ele olha com a mesma expressão desamparada para Lunar, como se silenciosamente dissesse para a líder que estava com medo. Percebendo os sentimentos do espectro ao olhá-lo nos olhos, a espadachim fala:

-Lunar: Calma, Alpheus... O Cyrus vai ficar bem... — Ela acaricia a cabeça do acinzentado enquanto falava com a voz amansada — Nós só temos que esperar o Phoenix chegar, e ele resolve isso...

Depois de sua fala, ninguém diz mais nada. Apenas ficam próximos observando o estado de Cyrus, e tentando cuidar dele na medida do possível. Não demoram muitos minutos para que mais pessoas surgissem ali, chamando pelo nome deles:

-Thunder: Pessoal, chegamos! — O cavalo exclama, chegando até eles em alta velocidade com Spark em suas costas — Tivemos uns perrengues com nossos sósias, mas deu tudo certo e... PELOS DEUSES! — Thunder corta sua fala ao ver o estado do eclisero inconsciente — O que aconteceu?!?!

-Lunar: A Maléfica acabou com ele... — A líder relata com uma voz desanimada.

-Thunder: Nossa... — Ele se aproxima lentamente do colega desmaiado, agora com o espectro mais novo já fora de suas costas, voando ao seu lado em vez disso. Thunder abaixa a cabeça para ver Cyrus mais de perto, examinando-o com o olhar — ... Bem, o melhor que eu posso fazer é dar energias pra ele. — O velocista começa a gerar uma carga luminosa e faiscante assim que diz isso, pousando seus cascos com cuidado no tronco do ilusionista, transmitindo a energia para ele.

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