Os Novos Alfas

10. Diferentes demais

Eram 10 da manhã em Amazora, no acampamento. Era o primeiro dia de Dixie lá, e ela estava assistindo televisão na sala da cabana, deitada no sofá. Uma raposa vermelha de olhos cor-de-mel, que utilizava um cabelo preso, passava as notícias.

-Repórter: Notícias dos reinos! Foi informado que um demônio de sombra surgiu na floresta de espectros no reino de Amazora há semanas! Resíduos de sombra foram encontrados em formas de rastro no solo! Isso significa que alguém o derrotou em luta! Mas quem será? AINDA não foi descoberto! Agora será passada a reprise da luta no Coliseu com a princesa de Solgardia, aqui no nosso reino! As notícias ficam por aqui! Eu sou Amber Aster! E esse é seu noticiário! - Dixie acaba desviando sua atenção da TV.

-Dixie: Lunar! - Ela chama Lunar alto, já que ela não estava na sala. Um grito distante a responde.

-Lunar: Fala! - A loba responde gritando da cozinha, já surgindo da saída da mesma, e tornando-se visível para Dixie. Lunar saía do recipiente carregando dois sacos de batatinha com o focinho e mais um prato com um pedaço de torta que ela segurava com sua cauda.

-Dixie: ... Você já pensou em regular nos lanches?

-Lunar: A Amália já me obrigou a fazer muita dieta no palácio! Me poupe!

-Dixie: Deixa eu adivinhar! - Dixie começa a imitar a própria mãe - ''LUNAR, UMA NOBRE DEVE SE MANTER EM FORMA E ELEGÂNCIA PARA SEU POVO''.

-Lunar: EXATAMENTE desse jeito! - As duas riem juntas - Mas o que você queria perguntar?

-Dixie: Bem, eu sei que viemos aqui para conversar sobre algumas coisas, e o lance do treino foi uma desculpa, mas nós vamos fazer treino de esgrima mesmo?

-Lunar: Ah! Eu não vejo porque não! Quer ir lá fora treinar? Faz um bom tempo que não treino apenas com a espada!

-Dixie: Vamos lá! - As duas pegam suas respectivas espadas, que estavam encostadas lado a lado, próximas ao sofá da sala, e as tiram de suas bainhas para usar as mesmas. Seguidamente, ambas vão para o lado de fora, posicionando-se em lados opostos no gramado de trás do acampamento, aos fundos da cabana.

Enquanto isso, Phoenix estava, como sempre, em sua sala de invenções aos fundos da área interna da cabana, construindo algo. O barulho da solda que ele fazia lá dentro era notável, Verônica entra na sala para vê-lo. A tigresa abre a porta, e vê Phoenix com uma máscara de solda cobrindo seu rosto, enquanto soldava o metal de sua estranha máquina.

-Verônica: Ei, Phoenix! - O pinguim continua de costas para ela, como se não tivesse ouvido - EI! NÃO ME OUVIU? - Phoenix continua sem ouvir - Argh... - A tigresa cria com seu poder de fogo uma minúscula brasa e joga nas costas de Phoenix apenas para dar um sustinho. O pinguim sente uma leve queimada com a brasa e no susto vira pra trás, finalmente notando a tigresa.

-Phoenix: AH! Desculpe, Verônica! Eu não consigo ouvir nada com esse negócio na cara. - Ele fala com sua voz ecoando dentro da máscara metálica, e em seguida a tira, mostrando seu rosto novamente. 

-Verônica: Ah, compreensível. Eu só vim perguntar se teria problema eu fazer um lanche lá na cozinha!

-Phoenix: Claro que não! Fique à vontade pra comer, tem coisa de sobra na dispensa.

-Verônica: Ah! Valeu! - Ela já ia embora, quando decide falar mais ao reparar na máquina que Phoenix construía - O que você tá fazendo?

-Phoenix: É... Um negócio importante! Tô tentando inventar isso já faz um tempo! É complicado de explicar, quando ficar pronto eu mostro como funciona pra você!

-Verônica: Tá bem, então. Vou lá fazer um sanduíche.

-Phoenix: Vai lá. - Ele coloca sua máscara de solda novamente, e volta a trabalhar. Verônica sai da sala, e vai para a cozinha.