Os Novos Alfas

88. Adeus, irmão

-Duskar: LUNAR!!! — Duskar berrava em desespero ao ver sua namorada caindo da grande cachoeira junto a Cyrus, que estava inconsciente.

A líder de equipe sumiu da vista do príncipe, cada vez mais distante, e mais para baixo naquela grande queda. Duskar ficou paralisado com um semblante de choque. Ele recua, com sua boca tremendo como se quisesse gritar, mas ao mesmo tempo não conseguisse.

Ele começa a hiperventilar, emaranhando suas patas dianteiras em seu cabelo.

-Duskar: NÃO... NÃO... NÃO... NÃO... — Ele murmurava repetidamente em meio a respirações agitadas — NÃO!!! — Dessa vez o líder Rebelde grita, e Verônica vai até ele tentar acalmá-lo em seu surto.

-Verônica: Ai meus deuses... — A tigresa murmura com uma voz trêmula, igualmente tensa, mas tentando se manter composta. Ela segura o darkeno pelos ombros na tentativa de mantê-lo estável, por mais impossível que parecesse na hora daquele pânico — Duskar, Duskar! — Ela tenta chamá-lo.

-Duskar: A Lunar caiu... — Ele diz com a voz embargada.

-Verônica: S-Sim, mas...

-Duskar: Ela caiu, Verônica, ela caiu... Não, não, não, não, não, NÃO!!! — Duskar começa a gritar mais uma vez — ISSO NÃO PODE SER VERDADE!!! — Após bradar a última frase, ele começa a chorar em meio ao seu desespero.

-Verônica: DUSKAR! — A arqueira dessa vez grita para que ele a ouvisse. Ele olha para ela, e então Verônica se recompõe — ... C-Calma, a Lunar, ela deve ter... Ela deve ter dado um jeito de se salvar na queda! Poxa, ela tem poderes, ela é inteligente!

-Duskar: ... — Antes de responder, ele dá uma fungada e limpa as lágrimas em seu rosto — ... Você acha que ela pode ter se salvado?

-Verônica: Claro! A Lunar sabe agir rápido nessas horas! Ela deve estar bem...

-Duskar: M-Mas... A altura...

-Verônica: Duskar, respira... Não pensa nisso. Ela deve ter dado um jeito, e nós vamos procurar por ela!

Depois das palavras da felina, o líder inspira e expira vagarosamente, e passa as patas no rosto mais uma vez na tentativa de se acalmar, e tirar mais uma vez lágrimas. Se recuperando, na medida do possível, ele fita Verônica e responde:

-Duskar: E-Espero que a gente ache ela logo... E que ela esteja bem mesmo.

-Verônica: É, eu também... 

ENQUANTO ISSO

-Lunar: AHHHHHHH!!!!!!! — A loba gritava enquanto estava em queda livre, rente à cachoeira. Enquanto caía, ela vê Cyrus caindo logo ao seu lado, desmaiado — Nossa, como eu queria que corpo desmaiado flutuasse! — Lunar ironiza, com um fundo de tensão — TÁ BEM... Acho que agora é a hora, né? — Ela dá de ombros, tentando se conformar com seu fim — ... DEUSES, SE EU REENCARNAR, EU QUERO SER UMA BORBOLETA VENENOSA! Linda e perigosa, que nem agora... — Ela berra para o alto enquanto caía, e até mesmo começa a rir um pouco do que acabou de falar — Ahahahaha... Tá, chega. 

Após alguns segundos raciocinando, Lunar parece ter uma ideia, e alarga um sorriso sagaz, invocando sua Espada Alpha.

-Lunar: Ah, mas não é hoje que eu viro borboleta não! — Ela afirma determinada. Lunar segura Cyrus pela pata, enquanto usa toda força que pode para fincar sua katana na parede do penhasco que se encontrava com a cachoeira.

Quando fincou a espada, ela ainda ficou um bom tempo deslizando para baixo, deixando uma marca de corte na rocha à medida que descia. Até que depois de momentos de luta que pareciam eternos, Lunar conseguiu fazer a espada parar na parede, ficando pendurada nela pela pata que segurava o cabo, enquanto usava a outra para segurar Cyrus.