Os Novos Alfas

104. Outro final de uma mesma história

ATENÇÃO: Neste capítulo, a partir de uma certa parte, terá uma narração individual de uma certa personagem. Será uma narração bem especial, e que falará um pouco com o leitor. Ainda sim, a narração em terceira pessoa não irá parar. Sua narração se passará ao mesmo tempo que a normal, estando sempre entre aspas ("), e em itálico.

O momento presente se passava em um covil. O covil era bem estruturado, escondido por uma barreira ilusória criada por poderes de luz e sombra. Passando pelo campo de ilusão, encontrava-se uma base secreta de grande tamanho, quase como um castelo.

O castelo era de aparência sombria, tal como o cenário apocalíptico que o cercava: Estruturas destruídas ao longe, florestas com sua vida tirada, tendo apenas o fogo e os destroços, e nenhum verde. Criaturas assustadas fugindo para longe, sendo elas poucas sobreviventes. 

Dentro do palácio de paredes negras haviam diversos cômodos os quais eram acessados pelos vários corredores e entradas que tinham por ali, quase como um labirinto. O que mais se encontrava pelas salas eram grandes mesas com papeladas, principalmente mapas. Os mapas tinham marcações de caneta, como se um grupo tivesse usado aquilo para planejar estratégias de ataque.

O maior cômodo dali se diferenciava um pouco dos outros. Tinha mais iluminação, no momento. E também, diferente das outras salas, não possuía mesas, mas sim alvos para treinar poderes. As paredes tinham inúmeras marcas de arranhão e manchas de queimadura, e os alvos estavam caindo aos pedaços. As diversas marcas espalhadas pela sala traziam uma desconfortável sensação, parecendo até que havia tido um massacre ali. Mesmo não sendo o caso, ainda sim mostrava o quão agressivo eram os treinamentos por ali.

Além disso, haviam pessoas naquele cômodo naquele instante. Mais especificamente: Haviam quatro indivíduos ali.

Aos fundos estava um cavalo e um espectro, que pareciam estar mais brincando do que realmente treinando aos fundos, onde estavam os alvos de treino. Eles riam enquanto lançavam pequenos ataques inofensivos um no outro, apenas como uma provocação brincalhona. Thunder e Spark.

Já as outras duas entidades mais destacáveis ali eram ambas lobas. Uma de estatura enorme, até mesmo maior que Thunder. Ela portava consigo uma foice, e carregava em seu rosto um sorriso psicótico acompanhado por seus olhos de fundo escuro: Cosmical. 

A outra loba era uma de estatura normal, de pelagem branca e azul, olhos verdes que pareciam ter um brilho faltando. Tanto a cor de seu pelo como os olhos eram mais desbotados que o normal, como se uma essência faltasse ali. Longos cabelos em um tom mais escuro de azul, e com algumas mechas que caíam por seu rosto, deixando-a mais medonha. E como acessório utilizava bandagens em volta de suas patas dianteiras, e também uma capa roxa desgastada: Lunar.

Mas não a Lunar a qual imagina, mas sim a Outra.

Maléfica estava sentada em sua grande cadeira no outro extremo da sala, em relação à entrada. Quase como uma imperatriz sentada em seu trono, ela olhava nos olhos de Cosmical com um semblante sério, fitando-a de cima, mesmo sendo mais baixa que ela, já que a líder das Feras estava distanciada de Lunar por alguns degraus abaixo dela em relação ao trono. 

-Cosmical: Mestre Lunar, trago ótimas notícias! — Diz a loba-gigante com um sorriso eufórico, e ainda medonho — Eu e minhas Feras tomamos posse de mais uma parte do território de Amazora. Estamos cada vez mais perto de atingir a capital! Acredito que já podemos avançar lá de uma vez agora.

Maléfica faz um gesto erguendo a pata, pedindo para que ela pausasse sua fala. Em seguida ela nega com a cabeça, explicando:

-Maléfica: Por conta dos seus ataques, o exército da capital deve estar em guarda. — A ex princesa explica em tom frio e sério, sem alterar seu tom ponderado — Estão preparados e armados até os dentes, esperando pelo seu ataque lá. É como entrar na armadilha deles. Temos que comer pelas beiradas, e não ir direto ao centro do reino. Dominando aos poucos, nós acabamos dominando tudo alguma hora. Não há por que ter pressa.