Capítulo 4 - Ao seu lado

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Olá estrelinhas ❤️

Aqui vamos nós para mais um capítulo agridoce!

Espero que tenham uma boa leitura e nos vemos sexta ❤️

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Quando Jay acordou, ele não ouviu os costumeiros passos de sua mãe na cozinha, então olhou para o relógio na mesinha ao lado da cama, mas já passava das sete. Ele levantou confuso, foi até a cozinha, mas ele realmente não estava lá. Depois disso, ele escovou os dentes e colocou o uniforme, ainda olhando para a porta. Aquilo era estranho, sua mãe geralmente chegava entre as seis e sete da manhã, e caso fosse atrasar, mandava mensagem. Ele olhou para seu celular, mas não havia nada ali.

De repente, ele teve um mal pressentimento, então pegou o celular e discou o número dela, mas ele estava desligado. Aquilo o deixou ainda mais preocupado, por que sua mãe desligaria o celular? Por isso, sem pensar duas vezes, ele colocou o aparelho no bolso e pegou as chaves de casa, partindo em disparada.

Ele desceu as escadas e para sua surpresa, um dos mecânicos já tinha chegado e estava abrindo a porta de ferro da entrada. Ele olhou para a bicicleta do homem, que estava escorada no muro, e sentiu que seu anjo da guarda estava sendo muito bom hoje.

- Ei, Jay – o homem o cumprimentou.

- Ei, Pin – ele disse um pouco aflito – Posso pegar a sua bicicleta emprestada?

- Aconteceu alguma coisa? – o homem de bigode e baixa estatura o estava analisando.

- Minha mãe ainda não chegou e o celular dela está desligado – ele respondeu – Estou um pouco preocupado, você se lembra da última vez...

Pin arregalou os olhos e assentiu.

- Vá, vá, traga ela em segurança.

Jay agradeceu e então montou na bicicleta e saiu pedalando o mais rápido possível. O bar em que sua mãe trabalhava ficava há uns dez minutos dali, mas hoje ele estava pedalando tão rápido que sentia que o tinha feito em menos tempo, mesmo que o trânsito estivesse um caos àquela hora. Ele estacionou em frente ao local um tanto ofegante e correu até a porta da frente, para logo em seguida descer as escadas ao andar debaixo, onde o bar funcionava. Assim que entrou no ambiente escuro com lâmpadas azuladas, ele olhou para o homem que secava alguns copos atrás do balcão, aquele era o chefe de sua mãe e ele já o conhecia bem. Além dele, não havia mais ninguém.

- Sua mãe? – o homem perguntou quando ele questionou se ela ainda estaria por ali – Ela pediu para sair muito cedo, por voltas das três da manhã – ele explicou – Inclusive, achei que iria voltar pois hoje é dia de pagamento.

Jay sentiu uma pontada no peito. Sua mãe tinha saído no meio do trabalho e não tinha voltado até aquela hora, ainda mais em dia de pagamento?

O homem lhe entregou um envelope com a quantia da semana e disse que iria tentar fazer contato com as outras funcionárias, alguma delas devia saber o paradeiro de sua mãe. Jay agradeceu e então subiu as escadas e foi sentar em frente ao local, na esperança de que ela voltasse para pegar o salário.

Aquele sentimento era tão assustador quanto lhe era familiar, não era a primeira vez que sua mãe sumia e em todas elas o resultado era o mesmo: ela havia dormido com algum homem e ele a feriu. Jay havia perdido as contas de quantas vezes ela chegou em casa machucada, fingindo estar bem. Mas as vezes ela não chegava, então ele tinha que procurar até encontrá-la ferida em algum lugar. Era por isso que ele era tão contra aquilo e por isso que queria trabalhar, para que ela nunca mais precisasse dormir com homem nenhum por dinheiro.

Aquela cidade parecia enorme em momentos como esse... como ele iria encontrá-la?

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Como uma Estrela Cadente | jaywonOnde histórias criam vida. Descubra agora