capítulo 15🦊

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Quarto do Pânico

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Depois que Lucien havia voltado para casa naquele dia ele optará por dormir mais cedo.

Seu corpo parecia estar pesado de cansaço.

Ele se remexeu na cama, sonhos obscuros tomando conta de sua mente, um quarto escuro, o ar faltava.

Lucien sentia as entranhas se remecherem mas ele simplesmente não conseguia acordar, era como se uma mão invisível apertasse sua garganta.

Respire e inspire.

Ele tentava dissipar a dor.

Você está em casa, Tudo bem. Respire.

Sua mente estava presa num quarto de Pânico, e Lucien o conhecia bem, todas as noites nas quais ele achará que morreria ali.

Mas não morri certo? Respire, siga o sol.

Ele conseguiu abrir os olhos meio arregalados, o peito subindo e descendo enquanto tentava regular a respiração.

Seu poder havia queimado os lençóis e transformado em pó.

O cabelo solto grudava na pele pelo suor.

Você está vivo, Está em casa, Lar.

Lucien sentiu que vomitaria todos os doces que comeu a tarde e correu até o banheiro da suíte quase caindo pela fraqueza do corpo.

Ele se apoiou no vaso e despejou tudo pra fora, as palmas no chão frio em um choque térmico com o calor que emanava de seu corpo, que emanava de seus ossos.

Lucien desejou que alguém o abraçasse ali, ele estava aprendendo a sair de suas dores e tinha progredido muito nós últimos dias, mas o laço ainda pesava, os poderes eram um desafio novo, Elara era alguém em quem aprendendia a confiar aos poucos assim como a corte incandescente e o pai.

Ele queria tomar as rédeas de sua vida, mas as vezes o corpo não aceitava comandos e simplesmente voltava a ações antigas, ataques de Pânico e ansiedade eram tão normais pra ele como tomar banho.

Mas ele nunca desejará que alguém soubesse ou visse aquilo, exceto agora.

Ele desejou um braço amigo, apenas uma gentileza sem recompensas.

Quando saiu do banheiro a única coisa que sabia era que não podia ficar ali, era quente demais, sozinho demais...

A porta ao fim do corredor.

Ele pensou ao sair do cômodo se dirigindo até ali parando na frente da porta.

Lucien tinha ciência de sua aparência deprimente, mas não importava, ele nem ao menos sabia oque ele esperava se batesse na porta dela.

Ela o acharia um homem fraco? Riria dele?

Mas ele bateu mesmo assim, devagar e baixinho, na esperança de que ela não abrisse e provasse que estar ali era um erro.

Mas Elara apareceu pouco tempo depois, abriu a porta o cabelo bagunçado, a cara amassada e olhos inchados, vestido uma camisa muita maior que ela.

Ela bateu os olhos no rosto dele com atenção, captando todas as informações possíveis.

E bastou uma olhada nos olhos dele para que ela entendesse, quantas noites ela não tinha estampado aquele mesmo olhar?

- eu... - a voz dele soou baixinho, ele não sabia oque fazia ali, nem mesmo se podia confiar nela até aquele ponto.

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