capítulo 56🦊

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Algo deveria ser feito, e rápido.

- Elara me escute com atenção- Oriana pediu com calma - consegue me entender ?

Meio debilitada ela tentou responder que sim.

- Ótimo, Anely vai vir aqui a qualquer minuto, se ela te perguntar se te demos a dose de comprimidos- Oriana continuou afagando seus cachos com carinho - diga que sim, para o seu próprio bem.

Elara entendia uma palavra por vez e depois tentava juntar todas, sua mente estava uma confusão gigantesca.

Memórias a atacavam constantemente enquanto o corpo fraquejava.

- Se conseguir responder como pedi, você voltará para sua cela logo e então poderei te explicar oque está acontecendo.

Elara murmurou em concordância novamente.

Batidas soaram na porta e Oriana se apressou a se sentar em um sofá surrado no canto olhando para um ponto específico do chão.

Em seguida Anely adentrou o cômodo.

- Senhora - ela disse em cumprimento o olhar logo vagando até o corpo da ruiva na maca - Como ela está?

- os remédios não fizeram o efeito na primeira dose, o procedimento pode ter que ocorrer mais algumas vezes..

Anely arqueou uma sobrancelha, a desconfiança estampada em sua testa.

Ela se aproximou até a maca se sentando na pontinha.

Por um momento Oriana segurou a respiração.

- Você sabe quem eu sou?

- minha irmã ? - Elara perguntou com um sorriso de lado. Visivelmente dopada.

- Tomou todos os remédios? - Anely indagou sorrindo um pouco também, era o mais próxima que poderia chegar da ruiva depois de todo o desentendimento.

- Tomei sim - Ela confirmou erguendo a mão para o alto - um montão deles.

- Ótimo - Anely passeou a mão pelos cachos desgrenhados antes de se levantar.

Oriana olhou para ela com toda a inocência possível.

- Pode levá-la, repetiremos amanhã a noite - foi a única coisa que disse antes de sair.

Oriana então pode finalmente respirar livremente.

Ela foi até a porta e chamou dois dos guardas para a ajudarem a carregar Elara para a cela anterior.

Com cautela pegaram o corpo semi dormente e a levaram.

- Você - Oriana apontou para um deles quando a deitaram em meio ao feno- traga uma nova roupa para ela, essa está coberta por vômito.

Ele não parecia estar muito a fim de obedecer mas o outro o deu uma cotovelada que o fez andar.

- E você - Oriana o instruiu - saia para que eu possa despi-la.

- como posso ter certeza que só vai despi-la? - ele indagou.

- ela está obviamente instável, oque acha que eu faria com o corpo de uma prisioneira coberta por vômito? - ela indagou tentando controlar a dose de ironia.

Sabendo que qualquer lapso da sua personalidade devia ser sempre mantido em silêncio, Beron não queria uma esposa coma língua afiada.

Eles pareceram aceitar e fizeram oque foi pedido.

Oriana se agachou e com as mãos trêmulas foi até o laço do pescoço que fechava a capa que Elara vestia.

A boca bem próxima da orelha dela.

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