☀️parte 3☀️

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" quando ele a tocava repetidas vezes, era como se sempre fosse a primeira vez. E aquilo, era amor."

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" Oriana tinha acordado em um ninho de cobertas, o Sol refletia em suas costas nuas enquanto ela despertava devagar.

Helion estava ali, deitado dormindo serenamente ao seu lado. Os cabelos esparramados pelo travesseiro enquanto o sol também batia levemente em si fazendo a pele negra tomar um brilho único, etéreo de certa forma.

Ela sorriu ao o apreciar, ela olhou paras cortinas brancas finas que balançavam na grande porta que dava para a sacada.

Seu sorriso só aumentou ainda mais ao lembrar do que tinham feito a noite toda, suas bochechas coraram e ela arrastou pelo colchão se sentando e coçando os olhos espantando o sono.

Os cabelos ruivos e longos caiam em ondas sobre seus seios ela soltou uma gargalhada quando helion a puxou para o seu abraço a pegando desprevenida.

- Bom dia minha senhora....

Ela sorriu abertamente pra ele enquanto abraçava os braços fortes.

Ele passou o nariz pelo pescoço dela fungando a procura do cheiro que tanto o acalmava.

- Bom dia querido.

Ele acariciou seus cabelos se deleitando ainda mais com o cheiro de Oriana.

E quando ele a tocava repetidas vezes era como se sempre fosse a primeira vez. E aquilo era amor.

Os olhos mel dela podiam o levar a imaginar todo um futuro, por frações de segundos ele se permitia esquecer que Oriana já tinha um marido e alguns filhos...

E quando ele a tocava era como se uma voz o dissesse repetidas vezes
Nada mais importa. Nada mais importa. Nada mais importa. Nada mais importa. Nada mais importa.

Então ele a tocava e tocava e tocava."

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" - Querida? Está aqui? - helion indagou entrando na sala.

As pilastras brancas e com adornos dourados como ouro eram altas e eram abertas em direção a um jardim de rosas brancas.

O teto era composto pelos desenhos angelicais enquanto as luzes oscilavam nos lustres. Helion confessava ter uma queda pela arte renascentista.

O céu diurno fazia com que a sala fosse iluminado mais naturalmente de forma bela.

Ao canto o piano branco estava com a tampa aberta e sob o banquinho um gatinho dormia tranquilo.

Ele adentrou ainda mais absorvendo mais detalhes.

Ao outro canto a mesa grande repleta de tintas e desenhos aquarelados estavam junto ao um conjunto de flores secas.

O cheiro de Oriana estava em cada parte da sala e isso deixava um sorriso bobo nos lábios de Helion.

Ele a encontrou bem ali, dormindo no sofá bem ao meio do cômodo, uma xícara de chá na mesinha de centro enquanto um livro descansava sobre o seu peito, alguns fios de seu cabelo caiam em seu rosto.

Helion se aproximou e se ajoelhou diante dela passeando seu dedo sobre as sardinhas no nariz levemente empinado.

Eram seus últimos dias juntos, não haviam conversado ainda em como seria daqui em diante. Os dias que Beron tinha dado para Oriana estavam no fim.

A mulher por sua vez havia se adaptando ao jeito da corte diurna.

Sua "casa" a agradava, a sala em que agora estava dormindo era sua favorita. Passava horas ali quando helion estava ocupado.

As roupas eram feitas de tecidos bem mais leves por conta do calor, era confortável. Desenhar e ler eram coisas ela amava fazer, as vezes costurava e estudava ou até mesmo se atrevia a plantar algumas flores.

Helion a ensinava sobre seu povo ao poucos, o como as bibliotecas eram cheias e mais belas do que em qualquer outro lugar, como eles trabalhavam com a ciência, química e magia.

Desfazer feitiços era mais difícil do que fazê-los.

Mas ela amava aquilo, o conhecimento, a sabedoria, a liberdade.

Oriana pensava em tudo isso todas as vezes que apertava o relicário em formato de sol de Camafeu com a frase
Sapientiam autem non vincit malitia.
Em latim que significava "Contra a Sabedoria, o mal não prevalece". Um presente de Helion.

Helion também tinha percebido que ela dormia mais nesses últimos dias, e comia mais também, talvez isso tudo fosse consequência do gosto de Oriana pela culinária de sua corte e o sono bem, eles certamente não passavam as noites dormindo....

Mas Oriana sabia que as mudanças não eram exatamente por isso."

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Lucien havia concordado em viajar com Helion para a corte diurna.

O acordo entre eles era que o Grão-senhor contaria tudo a Lucien durante o trajeto se ele se permitisse conhecer a corte do pai.

Apenas conhecer, o povo, as roupas, os costumes, o clima, a Casa principal.

Helion sentia uma pontada de esperança crescer em seu peito.

Se Lucien se sentisse confortável em ficar, Helion faria de tudo pra obter uma aproximação.

Durante então a viagem o grão-senhor contava o como havia se apaixonado perdidamente por Oriana, as lembranças e memórias tão frescas que podiam facilmente ter acontecido a um dia atrás.

Lucien porém se corroia internamente, ansiando saber como as coisas haviam chagado no ponto em que estavam.

Com sua mãe presa na corte outonal, com filhos e infeliz.

E obviamente se Helion sabia que ele era seu filho antes de Lucien o ter confrontado.

Ele descobrirá aquilo de uma forma clichê e idiota.

Procurava um "Suriel" para obter informações para Vassa, quando ele deixou escapar uma pergunta que o levara até aquele momento.

"Vejamos se não é o nosso Herdeiro diurno, Como andam as terras do seu pai?"

Depois daquilo, era só ladeira a baixo...

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Oii gente, passando pra avisar que eu acho que vai ter umas 5 partes de desenvolvimento da Oriana com o Helion.

Depois disso o foco vai ser o Lucien mesmo.

Era isso.

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