capítulo 8🦊

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"Justiça, honra, gentileza."

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Lucien bufou baixinho e pegou a espada disposta na mesinha.

- deixa eu adivinhar- ele disse olhando diretamente para ela- Você é a instrutora?

- A própria - Elara disse dando um risinho nasalado.

Um homem ficava sentado ao canto em silêncio era forte e tinha uma carranca impaciente.

Elara puxou da mesa uma das outras várias espadas.

Se posicionaram um em frente ao outro e trocaram um breve aceno, por um segundo extenso seus olhos se encontraram e viram a honra um no outro.

Ela sorriu de lado e Lucien estremeceu, adrenalina pulsando no sangue enquanto os pelinhos da nuca se eriçaram.

- 1, 2...- ela se colocou em posição, e ele se sentia como uma Corsa indo ao encontro de uma leoa, pensamento nada confortante- 3!

Mas medo não era algo que valia sentir, então quando o primeiro golpe foi feito Lucien decidiu que ali, ele se faria seu igual.

Ele levantou a espada na altura de onde o golpe deveria ter atingindo e sorriu para ela piscando o olho metálico.

Elara estalou a língua no céu da boca,
Oque pulsava ali não era apenas adrenalina no momento, era tensão.

Mas naquele momento nada mais importava, era como se só estivessem os dois ali, num mundo particular.
Estavam em uma luta sincronizada, um atacava e o outro defendia.
Como dançar uma música apenas deles.

Não era delicado, não era sensível.

Mas era maravilhosamente bom.

Lucien maneou a espada mais uma vez quando sentiu que Elara acertará uma parte do joelho quase o fazendo cair no chão.

- eu adoraria o ver ajoelhado - Ela susurrou em seu ouvido com satisfação.

- não pretendo dar minhas preces a você - ele disse acertando o cabo de sua espada nas costelas dela, não forte o bastante para machucar mas na medida possível para a derrubar.

Mas ela não caiu, praguejou todos os palavrões possíveis mas não caiu.

- Patética - ele disse dando um puxão na trança dela a fazendo ceder sobre o seu corpo.

As costas dela se chocaram contra seu peito e ele levou a espada até a altura da jugular, e Lucien sorriu em satisfação.

Por um momento um poder adormecido percorreu todo o corpo, o aquecendo como um chama.
Era quente e luminoso e seus olhos reluziram por um segundo num âmbar intenso.

A respiração dela estava tão acelerada quanto a dele.

E então a chama havia sumido em um piscar de olhos.

- Tolo - ela disse abrindo um sorriso tão selvagem quanto o dele quando deu um pisão rápido no pé de Lucien e logo em seguida empurrando seu próprio pé com força no joelho dele o derrubando no chão.

Ele estava ajoelhado e ela com a lâmina em seu pescoço sorrindo vitoriosa.

Ele estava chocado demais para fazer cara feia.

- Certamente sabemos qual o grupo dele - Ela se virou para o homem no canto que parecia embasbacado com a luta que acabará de ver, a tensão ainda pulsando no ar. Lucien com um pouco mais de pudor corou levemente e se amaldiçoou por isso.

- Ele não é nada menos que extraordinário - o homem susurrou para ela - Ele é como você, Elara. Ele pertence a Corte incandescente.

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Lucien olhava para o teto do escritório de Elara esperando para que ela voltasse.

Pensando naquele lapso, teria sido uma peça de sua imaginação? Ou sentira a chama em seu sangue....

E oque aquela luta significava para ele?Oque aquele homem queria dizer sobre corte incandescente?

Ele foi tirado de seus pensamentos quando ela adentrou a sala e soltou um suspiro longo.

Lucien sentia o cheiro dela por toda a sala.

Elara se sentou e o encarou por um minuto.

- Você foi aprovado no teste - ela disse simplista.

E ele acenou positivamente para que ela pudesse prosseguir

- No geral as pessoas são separados por grupos, nos quais trabalham juntos. - ela parecia um pouco nervosa, mais nem um pingo surpresa- na avaliação você atingiu padrões que não estão a alcance de todos....

Essa é a sua forma de dizer que eu sou bom?

Ele perguntou internamente.

- No geral, temos grupos da fronteira, da cidade, aéreos, marítimos e o que chamamos de incandescentes. São como pequenas cortes - ela olhava para as pontas da própria trança ou pra qualquer lugar aleatório apenas para não o olhar nos olhos - a corte dos incandescentes é pequena, são como poderes separados e naturais. Guerreiros natos, líderes, administradores.

Diferente dela Lucien a encarava profundamente.

- A corte dos incandescentes...São minha família - ela disse baixinho como se aquela fosse uma parte íntima sua - Luca, Eu, Anely, Lindy - Elara suspirou - Bem, Anely não mais...

Lucien entendia oque aquilo significava para ela. Era íntimo demais, era particular demais...

- nós servimos a Corte diurna com tudo que temos - ela finalmente o olhou - Não precisa permanecer se não quiser, pode escolher em qual grupo gostaria de estar. Porque depois que se está em um deles, soldados não são apenas soldados, são amigos, família. E a família deles também é sua família, e a sua é a deles.

- Ele era da corte incandescente não era ? - Lucien indagou baixinho.

Elara ficou confusa por um minuto até entender que ele se referia a Hélion.

- Era - ela disse abrindo um sorriso sereno.

Aquilo batucava em sua mente e coração, precisava tomar uma decisão.

- Servimos com tudo que temos, como chamas incandescentes - Elara explicou dando de ombros - protegemos uns aos outros e aqueles que não podem se proteger. Justiça, honra, gentileza.

Lucien sentia uma ansiedade imensa, sua mente dizia para que não aceitasse mas seu coração dizia que ali era seu lugar.

Mas só se enxerga bem com o coração, afinal, o essencial é invisível aos olhos.

- Eu quero- ele disse baixinho, Elara parecia surpresa - Apesar de gentileza não ser meu ponto forte, acredito que também não seja o seu...

Ele disse sorrindo de lado arrancando um sorriso dela também.

- Bem-vindo Lucien...

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Tá esse capítulo não ficou como eu imaginava KKKKKKKKKKKKKK

Mas ok.

Oque vcs esperam ver aqui ?🖤

Enfim, até a próxima....

Enfim, até a próxima

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