capítulo 25 🦊

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Lucien tinha percebido tarde demais que não sabia dançar oque quer que aquilo fosse.

Percebeu no exato momento em que Elara se virou confusa pra ele assim como o loiro com as mãos na cintura dela.

Elara sorriu para ele pensando que aquele fosse um pedido silencioso de Lucien para que ela o ensinasse um pouco da dança.

- Matthias, Pode me dar licença? - Ela indagou tirando as mãos dele de si o dando um sorriso gentil - Fiquei feliz em vê-lo hoje.

- Me visite qualquer dia - ele respondeu aparentemente nada feliz por ter sido interrompido por Lucien - vamos sair, comer, dançar...

- Claro - Elara concordou vagamente arrastando Lucien para o meio da roda de gente e bem longe do loiro, a música tão vibrante quanto o sorriso dela.

Lucien piscou incrédulo quando uma anciã da roda piscou de forma nada pura para ele.

- para longe das velhinhas então - Ela disse fazendo uma careta, mas o lado que o colocou estava cheio de moças que só faltavam babar por onde Lucien havia pisado - Longe das moças também.

Lucien quis protestar quando o levou para a parte do círculo onde só haviam homens, esses que olhavam para Ela como as moças olhavam para ele.

- Não seja chato - Elara murmurou entendendo oque o rosto dele transmitia - vamos ver o quão terrível você é...

E ele realmente era.

Conforme o círculo se agitava e Lucien apenas seguia os passos de Elara, tão perdido quanto um cego no meio do um tiroteio.

Ela sorria em satisfação, as palmas soando junto a música, a mão dele roçando a dela.

Mas em questão de minutos Lucien já havia entendido como aquilo funcionava e era tão bom quanto ela.

Elara se divertia como nunca antes, os cabelos ruivos tão vivos como chamas, a alegria que vinha de cada pessoa ali a enchiam.

As camadas de chiffon do vestido pareciam flutuar no ar conforme ela se movia com graciosidade.

As bochechas coradas e o sorriso Doce.

Viva.

Elara era o símbolo de vida, como um bom romance para um leitor ávido, como as primeiras folhas que caem no outono ou as que nascem no início da primavera.

A alegria e energia dela alcançava Lucien de um jeito que ele nem mesmo imaginava ser possível.

As palmas pareciam estar alinhadas aos trotes de seu coração.

Lucien sorria como ela, com ela, por ela.

Elara parecia alheia a isso mas a cada toque dele, fosse em qualquer canto em si, uma lasquinha de seu coração quebrado se colava ao lugar que nunca devia ter saído.

As pessoas na roda sorriam, os mais espertos observando ambos juntos.

Quando a dança parou Lucien segurava sua mão com firmeza, ambos ofegantes e radiantes quebrando o contato apenas pelo pequeno menino que correu em direção deles a cabeleira ruiva como o da mãe.

Cris abraçou a perna dela e escondeu o rosto entre as camadas do vestido.

Elara se forçou a regular a respiração.

- me esconda, Zowa vai me encontrar - ele disse afobado e Elara sorriu com carinho.

E quando a loira apareceu entre as outras pessoas Lucien colou a lateral do próprio ao corpo de Elara escondendo o menino atrás deles.

Corte Do AmanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora