capítulo 4🦊

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"Contando Estrelas, Arte, Lar das almas."

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A Galeria era imensa, a entrada era feita de grandes colunas que se erguiam em formato de um anel concêntrico no topo onde a placa dourada refletia : domum animarum.

- Lar das almas - ela traduziu para ele.

Elara sorria e os olhos brilharam o guiando para dentro.

Ao entrar Lucien percebeu que o lugar era construído por areia e concreto, o chão de mármore branco era rompido em outras entradas com longos  tapetes vermelhos, estabelecendo portais para cada respectiva sala semelhante ao da entrada que acabará de passar.

Os batentes de areias de cada portal tinham frases gravadas.
Para viver, para Amar, Para se despedir.

Havia um ponto central onde uma placa de mármore se erguia do chão
Lucien bateu os olhos ali rapidamente e leu A arte é uma corda bem comprida, traçada para resgatar pessoas afundadas em abismos.

Aquilo caiu como uma pedra em seu estômago e ele apenas engoliu seco seguindo a ruiva até a entrada do Para viver.

A sala era iluminada por pequenas esferas de Luz amarelada, Elara o guiou até a última fileira onde teria uma vista melhor para o palco.

Eles se sentaram e ela parecia estar pilhada de felicidade.

- Se continuar sorrindo assim as pessoas podem começar a achar que você é meio doidinha - ele sussurrou para ela - não que você não seja...

Elara bufou baixinho e se ajeitou melhor quase arrancando um sorriso dele pela animação que irradiava dela.

As pessoas chegavam aos poucos a
se acomodando também, Lucien não sabia ao certo oque estava fazendo ali.

Em questão de minutos o local estava preenchido, algumas pessoas cochichavam umas com as outras e todas pareciam como se estar ali fosse a coisa mais importante para elas.

Foi quando as Luzes se apagaram dando evidencia as luzes que se acenderam num palco a frente já composto por uma banda.

Um férico de cabelos loiros e olhos mel se posicionou no meio da orquestra.

O poder dele irradiou como uma corrente de energia por seu corpo.

- Estamos aqui para aqueles que sabem que arte traz vida e transformação. Mas acima de tudo para aqueles que compreendem que aquilo que pode nos Matar também pode nos fazer  sentirmos vivos.

Ele então parou de falar dando lugar a uma sinfonia regular.

Os músicos começaram a melodia e em instantes o homem começou a cantar.

Ultimamente, eu tenho, eu tenho perdido o sono
Sonhando com as coisas que poderíamos ser
Mas, querida, eu tenho, eu tenho rezado muito
Eu disse: Chega de contar dólares
Nós vamos contar estrelas
Sim, nós vamos contar estrelas

Vejo esta vida como uma videira que balança
Balança meu coração além do limite
E meu rosto está dando sinais
Procure e você encontrará
Velho, mas não sou tão velho
Jovem, mas não sou tão ousado
Eu não acho que o mundo seja vendido
Por fazer o que nos disseram pra fazer

Eu sinto algo tão certo
Fazendo a coisa errada
E eu sinto algo tão errado
Fazendo a coisa certa
Eu não poderia mentir, não poderia mentir, não poderia mentir
Tudo que me mata me faz me sentir vivo

Corte Do AmanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora