capítulo 61🦊

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Elara já havia cansado de todas as voltas dadas.

Estava andando a longos minutos e não havia sinal de Lucien, enquanto isso orava para que Helion tivesse conseguido tirar Oriana do castelo.

Beron provavelmente já estava a sua procura oque tornava tudo mais difícil.

O caos na cidade a fora era evidente, metade dos guardas estavam fora tentando controlar o fluxo de pessoas desesperadas batendo no portão principal a procura de abrigo.

Os animais estavam em cada canto do lugar.

Lucien tinha planejado sua distração com maestria.

Lucien.

O nome pesava em seu coração e ela se obrigou a continuar andando.

O conjunto que Oriana a dera era mais útil do que parecia, o corpete amarrado na camisa branca larga não era apenas mais um adereço.

Repleto de pequenas armas escondidas.

Elara se sentia bem ao se lembrar disso.

Ela continuaria a buscar por Lucien.

Se não soubesse que algo estava errado.

Se escondendo atrás de uma pilastra larga ela esperou até que uma patrulha escoltassem Beron para um salão a frente.

Atrás dele mais uma patrulha de dez homens de sua guarda particular entram.

Mas as portas foram deixadas abertas, escancaradas dando a vista perfeita para Beron em pé bem ao centro do salão, como se aguardasse por alguém.

Cada guarda se colocou em posição, se espalhando e formando um círculo em torno do salão.

Elara se arriscou a correr até uma pilastra mais a frente, onde teria uma visão melhor.

E então ele apareceu.

E tudo parecia desabar sobre Elara.

Os joelhos quase cederam, e ela usou toda a força possível para não correr para seus braços.

Lucien estava ali.

Estava ali.

E ela poderia se sentir eufórica por um lado, mas a outra parte dizia que nada de bom podia vir do encontro dele com Beron.

Elara observou o cabelo um pouco mais longo do que a última vez que se viram, a pele bronzeada e os olhos âmbar penetrantes.

A linha marcada de sua mandíbula e a máscara de indiferença que Lucien usava.

A pele estampava alguns hematomas na bochecha e um filete de sangue seco no canto dos lábios, oque provava que Lucien havia lutado pra chegar até ali.

Ainda assim o corpo se movia com firmeza e o olhar não se abaixou quando ficou frente a frente de Beron.

- Pensei que você demoraria mais um tempo - Beron disse passeando a mão pela manga da blusa, limpando um grão invisível da roupa - Deveria estar surpreso ?

- eu teria chegado mais cedo - Lucien respondeu docilmente quando um sorriso se repuxou em seus lábios, um sorriso que prometia algo desastroso- mas você me ensinou que nunca se deve ir a corte dos outros sem levar um presente, então eu trouxe isso...

Elara estava tão ocupada procurando e ansiando cada traço do ruivo que não havia percebido a trouxa que trazia nas mãos.

O embrulho de pano tinha uma mancha na parte de baixo onde sangue pingava no mármore branco.

Corte Do AmanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora