Elara já havia cansado de todas as voltas dadas.
Estava andando a longos minutos e não havia sinal de Lucien, enquanto isso orava para que Helion tivesse conseguido tirar Oriana do castelo.
Beron provavelmente já estava a sua procura oque tornava tudo mais difícil.
O caos na cidade a fora era evidente, metade dos guardas estavam fora tentando controlar o fluxo de pessoas desesperadas batendo no portão principal a procura de abrigo.
Os animais estavam em cada canto do lugar.
Lucien tinha planejado sua distração com maestria.
Lucien.
O nome pesava em seu coração e ela se obrigou a continuar andando.
O conjunto que Oriana a dera era mais útil do que parecia, o corpete amarrado na camisa branca larga não era apenas mais um adereço.
Repleto de pequenas armas escondidas.
Elara se sentia bem ao se lembrar disso.
Ela continuaria a buscar por Lucien.
Se não soubesse que algo estava errado.
Se escondendo atrás de uma pilastra larga ela esperou até que uma patrulha escoltassem Beron para um salão a frente.
Atrás dele mais uma patrulha de dez homens de sua guarda particular entram.
Mas as portas foram deixadas abertas, escancaradas dando a vista perfeita para Beron em pé bem ao centro do salão, como se aguardasse por alguém.
Cada guarda se colocou em posição, se espalhando e formando um círculo em torno do salão.
Elara se arriscou a correr até uma pilastra mais a frente, onde teria uma visão melhor.
E então ele apareceu.
E tudo parecia desabar sobre Elara.
Os joelhos quase cederam, e ela usou toda a força possível para não correr para seus braços.
Lucien estava ali.
Estava ali.
E ela poderia se sentir eufórica por um lado, mas a outra parte dizia que nada de bom podia vir do encontro dele com Beron.
Elara observou o cabelo um pouco mais longo do que a última vez que se viram, a pele bronzeada e os olhos âmbar penetrantes.
A linha marcada de sua mandíbula e a máscara de indiferença que Lucien usava.
A pele estampava alguns hematomas na bochecha e um filete de sangue seco no canto dos lábios, oque provava que Lucien havia lutado pra chegar até ali.
Ainda assim o corpo se movia com firmeza e o olhar não se abaixou quando ficou frente a frente de Beron.
- Pensei que você demoraria mais um tempo - Beron disse passeando a mão pela manga da blusa, limpando um grão invisível da roupa - Deveria estar surpreso ?
- eu teria chegado mais cedo - Lucien respondeu docilmente quando um sorriso se repuxou em seus lábios, um sorriso que prometia algo desastroso- mas você me ensinou que nunca se deve ir a corte dos outros sem levar um presente, então eu trouxe isso...
Elara estava tão ocupada procurando e ansiando cada traço do ruivo que não havia percebido a trouxa que trazia nas mãos.
O embrulho de pano tinha uma mancha na parte de baixo onde sangue pingava no mármore branco.
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Corte Do Amanhecer
أدب الهواةLucien estava cansado de mentiras, cansado de Não ser Amado. Daqui em diante ele se tornaria alguém pelo qual se orgulharia.