Sakura acordou indisposta.
Se arrastou pelo colchão até que alcançasse a gaveta de remédios, ainda tinha comprimidos para mais pelo menos três semana. Sakura precisava entrar em contato com Takashi o mais rápido possível, apesar de imaginar o pior depois de tantos dias sem notícias de seu irmão.
Tomou o remédio junto com o copo de água que ela sempre deixava ao seu lado antes de dormir, nunca sabia quando poderia ter um crise e aliás não ter copos ou pratos de vidros era por essa razão. Já havia quebrado tantas coisas por ter deixado cair enquanto não tinha forças para conseguir segurar uma coisa tão simples quanto um garfo.
O remédio demorava algumas horas para voltar a fazer efeito, então ela ficou ali com um dos livros que estavam na gaveta. Um que seu irmão lia quando era menor, era chato mas ela não tinha muitas opções naquele momento.
Assim que se levantou foi olhar as correspondências, havia uma carta. Agradeceu quando leu que a carta não se tratava do exército ou do governo dizendo algo ruim sobre seu irmão e sim de seu médico que não visitava há mais de três meses, as consultas eram caras demais para ela continuar indo.
Mas ela não queria se preocupar com isto agora, nem com o fato de que estava com uma dor quase insuportável em todos os seus músculos e que certamente aquele seria um dia tortuoso para trabalhar, mas sim com o fato de que a noite passada havia sido perfeita.
Já fazia tanto tempo que não ficava com alguém e não se lembrava de ter tido um beijo tão bom quanto o da noite anterior. Não havia outra explicação para o frio na barriga que ela sentia quando pensava em Itachi Uchiha. Toda aquela gentileza, educação e elegância eram coisas que Sakura almejou por alguém a vida toda e saber que poderia ter aquilo pelo menos uma vez, era de uma felicidade absurda.
Não era um pecado querer viver um romance sabendo que não teria tanto tempo quanto as outras pessoas. Ter filhos, envelhecer.. eram coisas que ela desejava mesmo sabendo que as possibilidades eram ridiculamente baixas por causa da doença, mas ela não podia impedir Sakura de querer viver.
[...]
Ela estava esperançosa sobre o que aconteceria naqueles dias, otimista com tudo, já que assim que o horário de almoço chegou ela recebeu uma mensagem, ele iria levá-la para sair a noite. E enquanto a hora não chegava sua ansiedade aumentava, recebeu poucos clientes naquele dia e isso era ainda pior, por que o tempo parecia não passar. No entanto, enquanto guardava novamente as baquetas e vasos de flores Naruto chegou, provavelmente visitaria a biblioteca do pai mas resolveu importuna-lá por alguns minutos.
- Chegou uns documentos pra você, erraram a numeração e foram entregues na biblioteca. — entrou em seu típico falatório e deixou algumas cartas em cima do balcão — Posso abrir pra você?
- Vai fazer isto mesmo se eu disser não.. — sorriu despreocupada.
Naruto começou a olhar os papéis enquanto ela seguia organizando a loja.
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Porque Rosas São Clichês
RomanceA verdade é que facilmente nos deixamos enganar por aquilo que amamos. A atração pelo que é errado... Sakura nunca aceitou que ninguém se aproximasse de verdade, os que tentaram fugiram. Nada que passava por sua vida permanecia bem, assim como as...