Uma Nova Vida

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Sakura acordou muito cedo apenas para ver o sol nascer entre aqueles morros altos, ela preparou um café e ficou de frente a janela segurando a xícara quentinha entre os dedos. Já fazia um bom tempo desde que ela não dormia tão bem, se sentia relaxada e quando o ponteiro do relógio deu oito horas ela caminhou até a floricultura e se sentiu totalmente capaz ao abri-la pela primeira vez.

Tudo estava organizado mas ela não queria daquela forma, ela reorganizou tudo a seu próprio gosto e deu um sorriso genuíno ao terminar e olhar as próprias mãos sujas. De repente sentiu saudades até mesmo dos pequenos machucados causados pelas rosas. Ao meio dia ela finalmente abriu para os clientes e foi surpreendida por um grupo de mulheres que adentraram o local segurando um bolo e algumas sacolas de presentes.

- Estamos esperando você pela manhã toda. — uma das mulheres comentou com um sorriso grande — Eu me chamo Delphine, mas pode me chamar de Delph.

- Não é sempre que recebemos moradores novos e foi uma surpresa ter essa Floricultura no centro da cidade. — uma outro loira comentou, ela segurava um bolo pequeno e logo esticou as mãos para entregar a Sakura — Isto é pra você, e qual é o seu nome mesmo..?

- Sakura. Me chamo Sakura!

- Exatamente como o nome da loja, é muito bonito. — ela continuou — Eu sou Lucille, estas são Gabriele e Emma. Eu trabalho naquela padaria da frente.. — Luci apontou para além da vitrine mostrando a loja repleta de docinhos na vitrine — Vamos dar uma festa no fim de semana aqui na rua, vai ser um prazer ter você com a gente, pode trazer quem você quiser.

- Muito obrigada, eu.. estarei lá.

- Aqui — Delphine deixou duas sacolas sob o balcão — São presentes queríamos ser hospitaleiras, então...

- É sério, não precisava mesmo. Se eu soubesse que vocês viriam eu teria feito alguma coisa, prometo retribuir..

Depois de Sakura mostrar a loja para elas as mulheres foram embora, deixando a Haruno com um sorriso bobo sambando no rosto. Mesmo que já imaginasse que morar ali seria bom ela nunca teria atingido essa expectativa, o que era muito melhor. Ela almoçou num restaurante perto dali e foi incrível a sensação de fazer tudo sozinha, de se sentir independente. Mas com o cair da tarde ela sentiu falta dele, foi para casa antes de anoitecer e pediu um jantar para duas pessoas.

Ela precisava fazer compras, nunca achou que ficar pedindo comida fosse um bom hábito. E depois que o entregador se foi e ela colocou a comida sobre a mesa, olhou o celular repetidamente, colocando no número de Itachi inúmeras vezes, mas desistiu em todas elas.

E essa rotina se seguiu por mais alguns dias, todos esses dias Itachi era pontual. As nove da manhã ele mandava mensagens sobre suas consultas e as três da tarde perguntava se ela precisava de alguma coisa. Conheceu sua nova médica na primeira consulta e iniciou um novo tratamento, era mais intenso do que todos que ela já havia feito, desde os remédios à fisioterapia. Sua barriga ainda não atrapalhava mas ela começava a achar difícil entrar em alguma das roupas, também começou a pensar em nomes... muitos nomes mas não fazia ideia.

Ela fechou a Floricultura mais cedo no sábado porque as pessoas já começavam a organizar tudo, haviam faixas e bandeiras penduradas nos postes. Ela foi para casa tomar um banho e passou muito tempo escolhendo uma roupa decente, optou por um vestido branco que deixava o formato de seu ventre marcado e sorriu ao se olhar no espelho, pensando que jamais veria aquela imagem.

Ela ainda estava arrumando o cabelo quando escutou o som de um carro estacionando próxima de sua casa. Correu até a porta e encontrou o carro prata tendo a imagem de Itachi descendo dele vestindo roupas casuais. Ele estava com o cabelo solto e só então ela se deu conta do quão longo estava, e caramba, porque ele precisava ser tão bonito?

Porque Rosas São Clichês Onde histórias criam vida. Descubra agora