Capítulo 10 - O Passado Sempre Retorna

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!!ATENÇÃO!!

O capítulo irá conter gatilhos delicados sobre abuso, se você é sensível sobre o assunto recomendo que pare a leitura no momento em *** aparecerem e retorne quando os mesmos asteriscos *** encerrarem.
Esse tema já estava na tag mas vale ressaltar, palavras e cenários fortes!

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Rússia, Moscou

Sakura acordou em lençóis macios, assim que seus olhos se abriram ela não  reconheceu o quarto  que estava mas deduziu ser de um hotel. Era estranho saber que havia dormido tão pesado que sequer se lembrava dele a tirando do avião ou algo assim, havia dormido a maior parte da viagem e na restante tentou inutilmente ganhar algum jogo contra Itachi, cartas, xadrez, qualquer coisa, ele era bom e estrategista em tudo.

Sentiu uma certa inveja de tudo que ele possuía por alguns segundos mas isso foi até se recordar de que agora ela também possuía coisas espetaculares em sua vida.

Se levantou da cama e foi em direção às cortinas que ventavam fortemente, quando as abriu teve o deslumbre da vista que tinha quando se chegava à sacada. Ela não tinha certeza de onde estava, mas toda aquela infraestrutura antiga e repleta de prédios era diferente de Nova York, mas extremamente parecida com as fotos que via da Rússia.

Ficou maravilhada com tudo que seus olhos podiam captar por longos minutos, até que bateram na porta. Quando a abriu encontrou uma camareira, ela trazia consigo uma bandeja de café da manhã e uma carta junto com uma rosa. Sakura sorriu e agradeceu ainda que tivesse certeza de que a senhora não houvesse entendido nada do que ela disserá. Sentou na cama deixando a bandeja de lado, o mais importante era a carta.

Ela já sabia de quem havia escrito aquilo e quando viu a caligrafia impecável não teve dúvidas...

" Estarei ocupado pela manhã, mas teremos a tarde e a noite toda para que você conheça Moscou, ao meu lado!

- Itachi."      

Abraçou aquela carta frente ao peito e não resistiu soltar risos de contentamento. Como ele podia ser tão perfeito? Até a rosa que estava na bandeja estava perfumada, tudo que ele fazia era milímetricamente planejado e ela não sabia se aquilo era bom ou ruim mas por hora estava adorando.

Como prometido Itachi havia voltado para o hotel antes do almoço, queria levar Sakura num de seus restaurantes preferidos de Moscou. Na parte da manhã todo seu trabalho foi voltado à caçar pessoas e uma coisa era certa, ninguém conseguia se esconder de Itachi por muito tempo. Descobriu que o seu alvo não estava tão preocupado com o fato de que sua morte já estava encomendada, afinal ele não fazia ideia de quem estava na mesma cidade que ele, mas sua despreocupação só fez Itachi se irritar mais. Por isso pesquisou os melhores métodos de abordá-lo sem levantar surpresas.

A realidade gritante era que quando olhou para aquele homem pela primeira vez depois de tanto tempo, ele não soube reagir. Todos os seus pesadelos ali em forma de carne e osso. Ele não queria admitir para si mesmo mas um sentimento parecido com covardia tentou dominá-lo, era certo que ver Artur iria desestabiliza-lo bem mais do que o esperado.

[...]

Encontrou Sakura no apartamento, assim que abriu a porta a viu vir em sua direção. Correndo com os pés descalços e um vestido verde claro, pela primeira vez o sorriso que ela abriu para ele não o deixou contente. O abraço que recebeu e não conseguiu contribuir o fez tremer internamente e ele não conseguia entender o que estava acontecendo. Ou talvez, ele já soubesse...

Porque Rosas São Clichês Onde histórias criam vida. Descubra agora