6

199 16 21
                                    

Brasil

Japão: — Você viu que as duas crias do Ucrânia acabaram de voltar? — Ele me questiona enquanto tomava um gole de café.

Brasil: — Chernobyl e Pripyat? — Me embolo com minhas tentativas falhas de falar o nome desses meninos, sem errar.

Japão: — Sim, porque não vamos ver eles? — Ele me olha, faço uma cara meio de quem não gostou da ideia.

Alagoas: — PAI! — A segunda menina da família me chama, viro meu olhar para ela — Espírito Santo não quer me emprestar a escova de cabelos!

Espírito Santo: — Eu ainda estou usando se não percebeu, anta! — Eles se encaram.

Brasil: — Vou ter que bater nos dois para resolver esse caso? — Me levanto.

Espírito Santo: — Que caso? A Alagoas que não sabe esperar, menina impaciente — Ele mostra a língua para ela.

Brasil: — De fogo no rabo de vocês dois — Escuto a gargalhada escandalosa de Japão.

Brasília sai do quarto com uma capa de chuva, olho para ele descendo as escadas e minha cara volta a ficar normal.

Brasil: — Pensa que vai aonde com essa chuva? — Ele para e me olha.

Brasília: — Andar um pouco — Ele sai depois que fala, fico encarando a porta.

Japão: — Esse menino vai voltar fritinho por um raio — Ele toma mais um gole de café.

Alagoas: — Isso se não morrer antes — Faço um sinal para os dois subirem e se resolverem no quarto deles.

Brasília

A cada passo que eu dava o vento me levava pelo menos um pouco para trás, isso era um temporal ou um alerta de tornado? Ainda me pergunto nessa questão se é mesmo uma tempestade.

Porque nenhuma casa aguenta um tornado, da última vez tive que trabalhar em duas coisas: reconstruir a casa onde moro com as pragas e meu trabalho.
Melhores férias que já tive, trabalhar em duas coisas enquanto deveria estar dormindo e pensando em mim.

E imprecionante o quanto o Rio de Janeiro naquele dia não sabia nem botar um tijolo corretamente encima do outro.

Brasília: — O merda... — Solto isso quando vejo um pequeno redemoinho se formando.

Como eu sempre digo, a previsão do tempo não sabe mesmo fazer uma previsão decente.

Me viro e vou correndo para casa, o vento me ajudava a correr um pouco mais rápido.

𓂃

𓂃

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mudanças repentinasOnde histórias criam vida. Descubra agora