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Brasília: — Bem...Uou- você me pegou de verdade — Solto uma risada sem jeito.

Rio de Janeiro: — Eu só sinto que não estou o deixando feliz — Seu olhar, ele mudou por causa do amor? Isso é besteira.

Não é como se alguém mudasse uma pessoa de uma hora para outra, não- e tipo impossível alguém fazer isso. Só se a pessoa fez macumba, e esse literalmente não é a cara de São Paulo — Ele mesmo admite ser cagão demais para mexer com espírito ou matar uma galinha.

Brasília: — Bem...E bem complicado essas coisas Rio, cada um é de um jeito — Falo, pego os papéis jogados pela escrivaninha e organizo eles novamente.

Rio de Janeiro: — Você acha que fui muito rápido na questão de admitir? — Ele caminha até uma poltrona que estava em frente à estante de livros.

Brasília: — Achei, isso pode ter assustado o São Paulo, sabe o quanto ele é medroso em tudo — Sorrio quando lembro de algumas coisas.

Rio de Janeiro: — Você está com o fósforo de radiação? — Coloco os papéis na mesa e olho ele que me encarava com um sorriso — Não acha que ele é muito inocente para se meter com você?

Brasília: — OLHA AQUI! — Me levanto — Posso ter o carregado ou ficado do lado dele, mas não foi nada demais, aquele menino não me larga por nada nesse mundo.

Me sinto estranho quando pronuncio essas palavras, e como se eu não aceitasse falar isso — Eu estou ficando louco...Só pode, esse menino mexeu comigo de um jeito.

Rio de Janeiro: — Brasília...Eu te conheço, posso ter fingido não ter interesse em tudo que já tenha feito, mas sei que você mente MUITO mal — Ele sorri e eu olho para o lado.

Brasília: Esse menino mesmo eu dizendo que não quero amigos, muito menos ele por perto, ele mesmo continuou insistindo... — Cruzo os braços e olho para a parede cinza que de alguma maneira não me confortavam mais.

Esse assunto mexeu bastante comigo, eu não entendo o porquê de estar assim...Talvez seja por ele ser diferente dos outros — Pelo simples fato de insistir ficar do meu lado todo aquele tempo.

Rio de Janeiro: Imagino os filhotinhos correndo por aí — Mostro o dedo do meio para ele que ria.

Brasília: Vai sonhando — Sorrio é vejo ele se levantando e vindo até mim.

Rio de Janeiro: O amor é algo confuso, não é? — Ele coloca uma de suas mãos em meu ombro, dando algumas batidinhas leves.

Brasília: Me pergunto se você é meu irmão... — Olho ele sorrindo para mim.

Rio de Janeiro: Eu só tô assim por causa do maldito São Paulo — Solto uma risada e ele faz o mesmo Mano, eu estou tão estranho assim?

Mudanças repentinasOnde histórias criam vida. Descubra agora