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No dia seguinte
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Acordo com um pequeno tapa em minha nuca, abro os olhos devagar e olho quem era.

Amazonas: — Vamos acordar Cinderela? Ou quer morar aqui? — Me levanto e olho o menino que sorria.

Brasília: — Prefiro aqui do que do lado de vocês, eu não tenho paciência com vocês — Ando até a escada e subo, olho todos olhando em volta.

Por algum milagre nada havia sido derrubado, menos trabalho para mim pelo menos.

Brasil: — Tem certeza que era um furacão? — Meu pai perguntava para o japonês.

Japão: — Recebemos o aviso na mesma hora... — Ele olhava confuso para tudo.

Rio de Janeiro: — Talvez tenha sido um engano — Olho Rio que estava ainda abraçado em São Paulo.

São Paulo: — Me solta filhote de cruz credo! — Ele empurrava o carioca.

Rio de Janeiro: — Não... — Sinto que Rio havia apertado mais o abraço.

Ceará: — Podemos seguir nossas vidas ou vamos ficar de mimimi tentando saber o que ocorreu? — Ele anda até o quarto dele.

Minas Gerais: — Prefiro seguir minha vida, tchau seus bando de burro irritante — Ele vai para o quarto e aproveita para puxar o Rio de Janeiro junto.

Fico ali parado observando todos conversando sobre isso, não me interesso por essas coisas, mas sei que esse engano foi para algum motivo...Acabar com minha reunião de negócios!

Saio de casa e ando pelas ruas, pelo visto o redemoinho foi o que mexeu com tudo. Desvio de alguns galhos caídos e olho em volta.
Não estava lá uma cena bonita, nem mesmo parecia uma — Estava mais para uma cena de filme de terror — Onde o demônio sai da casa...Isso não tinha como ficar mais clichê mesmo.

Chernobyl: — Amigo! — Quando ele me olha vem correndo até mim, me afasto e sigo para o lado.

Pripyat: — CHER! — escuto outra voz irritante.

Agora que sei onde esse pivete mora, vou começar a andar pela outra rua — Não que eu seja chato — Mais é irritante ter alguém 24 horas no teu pé, e sinto que esse menino é um deles.

Chernobyl: — Onde vai? — Escuto sua voz depois de um tempo e olho para o lado.

Brasília: — Te interessa? — Encaro ele na intenção de assustar.

Chernobyl: — Eu só fiz uma pergunta, grosso... — Solto uma pequena risada, viro o rosto para que o menino não visse meu sorriso — Tá sorrindo! Meu amiguinho tá sorrindo!

Brasília: — Eu não sou seu amigo! — Tento evitar gritar.

Chernobyl: — Por que? — Ele pensa que eu realmente vou cair nessa de olhinhos de gatinho?

Mudanças repentinasOnde histórias criam vida. Descubra agora