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Pripyat

Estava sentado em frente à meu computador, esperando minha resposta de pesquisa, o que era bem complicado quando alguém jogava ou ficava de fofoquinha com vários russos em uma única sala de chamada.

Pripyat: - Lviv me dá um trabalho - Me levanto da cadeira e vou andando até a porta de meu quarto.


Giro a maçaneta e abro a mesma, olho o corredor enorme, ando por ele até o quarto de Lviv.

Encaro a porta dele antes de abrir.

Me dava um certo receio de abrir a porta e receber uma longa e idiota fofoca sobre algum de seus irmãos. Mais, o ambiente estava quieto demais para ter alguém conversando com alguns seres não amigáveis.

Abro a porta rapidamente, me deparo com Lviv com fones de ouvido e sussurrando.

Pripyat: - Alguma fofoca que não posso saber? - Lviv tira o fone de seu ouvido e me olha.

Lviv: - Talvez por que seja você o motivo da fofoca? - Vejo seu sorriso largo, nesse momento eu adoraria bater no mesmo, se fizer isso sei que vou ficar de castigo.

Entre ficar de castigo por bater num idiota como Lviv ou me segurar e não ser castigado por me descontrolar, prefiro a segunda opção. Caia entre nós, ficar preso em um quarto é como viver em uma prisão. Ainda quero ver o sol, então, não irei fazer nada que possa me impedir disso.

Pripyat: - E tem algo que eu tenha feito de tão interessante? - Pergunto um pouco interessado nisso.

Lviv: - Não, porque o senhor é o senhor certinho e nunca fez porra nenhuma de errado - Vejo ele colocar seu fone na mesa e se virar para mim.

Pripyat: - Não sei porque faz isso com nós... - Ele me olha um pouco confuso, aponto para a tela do computador com os filhos do Rússia apenas olhando.

Lviv: - Porque...São meus amigos - Eu não fazia ideia que Lviv era tão inocente assim.

Pripyat: - Olha, Moscou só tá aí por conta de Kiev, Ozyorsk apenas está aí porque me viu agora - Sorrio quando vejo o sorriso de Lviv se desfazer.

Eu sou um ótimo irmão, eu sei. Não precisa nem dizer que sou um magnífico irmão, se alguém me quiser, só ligar.

Lviv: - Você é chato mesmo... - Ele mostra a língua para mim.

Pripyat: - Apenas realista, caro irmão inocente e burro - Sorrio, vou até ele e olho o computador.

Tiro o fone do mesmo para escutar a conversa de Moscou e Ozyorsk.

Moscou: - Crie vergonha, Pripyat é homem demais para ti - Olho espantado para a tela de Moscou.

Ozyorsk: - Também não precisa disso... - Ele abraça mais forte um urso.

Não é que eu seja muito "homem" para ele, eu realmente não gosto de relacionamentos, não me dou bem, nem quero me dar.

Mudanças repentinasOnde histórias criam vida. Descubra agora