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São Paulo

Rio de Janeiro: — Me desculpe... — Paro de lavar a louça e olho para Rio sentado na bancada.

São Paulo: — Ok...Você é o meu irmão? Porque eu não conheço esse idiota mais — Pego o pano de meu lado e seco minhas mãos, fico de frente para ele é o encaro.

Rio de Janeiro: — Olha...Eu sei que foi muito repentino esse assunto de eu gostar de você — Agora faz sentido o porquê das desculpas.

São Paulo: — Rio, não tem que se desculpar por gostar de mim, só para, pelo amor...Eu odeio ser agarrado toda hora — Ele me um sorriso um pouco assustador — Se ousar encostar em mim, te dou um soco onde Brasília bateu — Coloco o pano em seu antigo lugar é saio da cozinha.

Bem, embora ele tenha mentido que estava com a barriga ainda dolorida — Aposto que esse "gostar" dele não significa nada além de querer me roubar.

Mais...Ele ter me beijado, isso não é coisa dele. Conheço meu irmão muito bem para saber que nem em uma ótima mentira ele beijaria um de seus irmãos.

...

Me sento no sofá e fico me lembrando de tudo que ele me disse aquele dia em seu quarto, será verdade mesmo? Não, Rio não é tão romântico assim.

Flashback

Rio de Janeiro: — Algum problema para estar olhando tanto para minha cara? — Ele me encarava, sua face estava seria.

São Paulo: — Se encostar em mim, eu vou te bater! — Tento não demonstrar o medo que estava estampado em meu rosto.

Rio de Janeiro: — São Paulo...Eu não vou encostar em você, não vou te machucar. Mais da para parar de ser tão infantil?! — Ele vem até mim, segura em meus ombros com um pouco de brutalidade.

Acho que ele realmente acordou de um transe tão péssimo, eu não estou entendo ele nem um pouco. Rio de Janeiro sério, bravo, romântico — Isso não se encaixa em sua ficha.

São Paulo: — Pare você de agir como um maluco! Eu não conheço esse Rio de Janeiro, se quiser me roubar faça isso logo, mas não brinque com os sentimentos de alguém! — Tento me soltar de suas mãos, mas pelo visto, ele apenas apertava cada vez mais.

Rio de Janeiro: — Quando irá entender que...EU NÃO ESTOU BRINCANDO COM VOCÊ?! — Paro de me mexer e encaro seu rosto.

São Paulo: — Porque talvez, você sempre foi assim — Ele larga meu ombro e respira fundo.

Rio de Janeiro: — Eu não estou mentindo...Eu gosto de você, se fosse para te roubar eu já teria feito isso desde o começo — Sua cara estava ainda seria, estava firme em suas palavras — Eu não quero brincar com seus sentimentos, São Paulo.

Mudanças repentinasOnde histórias criam vida. Descubra agora