Capítulo 2

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Ele me chamou de Branca de Neve?

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Ele me chamou de Branca de Neve?

Encaro o corredor vazio completamente atordoada e com o coração batendo como nunca bateu. Fito o relógio de ouro em minha mão e ainda sinto o calor da mão de Dante Phillips envolta da minha, ainda sinto o cheiro de perfume caro e forte que ele exala.

Me recordo dos seus olhos verdes me encarando intensamente, eu já tinha visto ele em revistas e jornais, pessoalmente ele bem mais bonito e gostoso. Porém ele é um político, ou vai ser, e é filho de Charlie Phillips, o que pra mim já é um problema.

— Como ele ousou me chamar de ladra?! — sussurro para mim, indignada. Eu sei que eu sou uma ladra, mas isso não vem ao caso. Ninguém nunca descobriu um furto meu, que foi eu, eu sou muito boa no que faço! Estou precisando treinar mais.

Ando até o meu dormitório reparando no lugar, minha querida mamãe me enfiou aqui, ela vai viajar com um velho rico que arrumou e ele vai bancar minha estadia para me manter bem longe.

Eu poderia muito bem recusar isso, sou maior de idade e dona do meu próprio nariz, porém eu não perder a oportunidade de vir para um colégio de rico e ter várias coisas caras para roubar.

Estou aqui por negócios, preciso de dinheiro, muito dinheiro, e só vou conseguir roubando. Vida de ladra não é tão fácil assim.

— Que bom que voltou, se demorasse um minuto eu iria embora. Vim me despedir! — encaro minha mãe que está sentada em minha cama e olho séria.

— Não precisa de nenhuma despedida, Ruth. Pode ir embora! — falo apontando para a porta e ela levanta da minha cama — Vai ficar fora por muito tempo? — questiono como quem não quer nada.

— Não sei. Você ficará nesse colégio só por três meses, o ano já está acabando, quero apenas que você se forme. Tem onde ficar no final de semana? — aceno mentindo e ela abre a bolsa tirando dinheiro.

— Não quero nada seu, sei me virar sozinha! — falo seriamente.

— Estou apenas agindo como sua mãe, já que é isso que sou. Se não quer o dinheiro, tudo bem. Agora me ouça, isso é para o seu bem: não roube mais, Nico se ofereceu para mandar uma quantia de dinheiro a você, poderá se virar. Se você continuar roubando será presa, para de fumar também, não se envolva mais com pessoas erradas. Esse colégio é muito importante, não faça nada de errado. Não quero receber nenhuma ligação sobre você estando na cadeia ou até mesmo morta! — fala seriamente.

— Você nunca se importou comigo, Ruth, por quê está se importando agora? Ah, já sei! O seu velhinho rico não quer a imagem dele associada a uma criminosa filha de uma drogada. Antes você cagava pra mim, o meu pai foi o único que se importava e ele morreu. Sempre falou que era uma vergonha ter uma filha ladra, mas saiba que a culpa é toda sua! — digo entre dentes, sentindo meus olhos arderem, mas me recuso a chorar.

— Kimberly...

— Se você tivesse cuidado de mim, eu não precisaria roubar desde os nove anos. E eu não estaria envolvida com gente fodida se não tivesse tentado pagar todas as suas dívidas para não matarem você quando era uma vagabunda que só vivia drogada! —esbravejo e ela me olha abalada.

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