Capítulo 4

5.1K 475 215
                                    

Fecho os envelopes com as quantias de dinheiro e coloco dentro da minha mochila, encaro o relógio percebendo que já está tarde e preciso ir ao show

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fecho os envelopes com as quantias de dinheiro e coloco dentro da minha mochila, encaro o relógio percebendo que já está tarde e preciso ir ao show. Coloco minhas botas pretas e fecho o zíper de modo que elas fiquem folgadas para o que estou planejando.

Pego minha bolsinha e vejo a grana que eu tenho, o que não é muita, ainda tenho que vender para um cara os aparelhos que roubei. Respiro fundo e saio da casa que um dia morei, o dono irá pegá-la amanhã. Ajeito meu vestido tubinho preto e saio da casa, segurando minha mochila com algumas roupas.

Ainda não sei onde vou ficar a partir de hoje quando sair do colégio. Mordo meus lábios fitando a rua que moro e todos já estão em suas casas, o que para mim é bom, ninguém gosta de mim.

Tiro os envelopes da bolsa e começo a passar eles por debaixo da porta de cada casa onde mora crianças. Eu sei que eles passam necessidades, e o dinheiro que eu deixo ajuda.

••••

Observo a cara que tenho que roubar no meio da multidão eufórica. Ajeito meu vestido e encaro os meus seios visíveis no decote, ainda bem que passei base para cobrir as estrias que tenho neles.

Nunca foi algo que me incomodasse, mas depois de experiências ruins eu passei a não gostar delas. Algumas estrias são brancas, mas as mais visíveis possuem tons arroxeados. Volto a prestar atenção no meu alvo e mastigo o chiclete, começando a andar na direção dele.

— Oi, posso fazer companhia? — sussurro parando na frente dele e o cara já começa a me agarrar. Seguro minha vontade de socar a cara dele e evito a todo custo que ele me beije.
Coloco minha mão por dentro do casaco dele e procuro a identidade, assim que a encontro visualizo o chão e solto a identidade que cai perfeitamente dentro da minha bota folgada — Vou buscar algo para bebermos, me espera aqui — sussurro sedutora no ouvido dele.

— Claro delícia! — ele diz e saio rápido dali.

— Idiota! — caminho até um bar e me sento em um banquinho. Ainda bem que não é sempre que eu tenho que apelar para o meu lado sensual para roubar alguém. Abro minha bolsinha e pego um cigarro, o acendo e quando vou colocá-lo na boca, alguém o tira da minha mão — Ei! — exclamo me virando furiosa para a pessoa e arregalo meus olhos ao ver o Dante —Está me seguindo seu psicopatinha? — pergunto incrédula por ele estar bem a minha frente.

O encaro de cima a baixo e vejo o quanto ele está gostoso, apesar de não estar vestido adequadamente para um lugar como esse.

— Já fez o roubo, Branca de Neve?— Dante questiona sério, ficando ao meu lado. Aceno e levanto, tentando pegar o cigarro mas ele estica a mão para o alto e não consigo alcançar — Isso mata e faz mal! — ele o jogo para longe e dou um tapa no seu peito — Foi tranquilo o roubo? — assinto — Se machucou? —pergunta olhando para mim, minuciosamente.

— Não, eu não me machuquei Phillips. Agora o que está fazendo aqui? Com quem veio? — pergunto curiosa.

— Com o Cold — murmura e tento lembrar quem é.

Price Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora