[ 12 ] Meu pecado capital

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Reescrito e revisado por: poisontequila


Neste mundo, há apenas duas tragédias: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, e a outra a de os satisfazermos.
- Oscar Wilde.


O suspiro trouxe a consciência, deitado em uma cama imensa, num quarto estilo vitoriano mergulhado em tons escuros, Jimin não compreendeu com veemência o que estava acontecendo ou o porquê estava ali - nu entre os lençóis, cobriu-se com o que viu antes de descer e ir até a janela que era oculta por cortinas negras e pesadas. Através da janela olhou o céu vermelho como sangue e uma vista horripilante, quase pós apocalíptico, concluiu que estava num castelo, não compreendo o motivo ou quem havia o trago até ali.

- Acordou. - a voz que tão bem conhece o despertou do pavor.

Jungkook estava ali, despido da cintura para cima, o abdômen definido, a pele alva marcada por tatuagens - o cabelo estava solto, um sorriso acolhedor estava presente junto aos olhos carmesim.

- Que lugar é este?

- O inferno.

- O que estou fazendo aqui? - assustou-se.

- Irá governar comigo. Você quis conhecer então aqui estamos. Prometi que não sofreria. Estou cumprindo com isso. - beijou-o. - será rei junto a mim.

- Não aceitei nada disso. - desvencilhou-se dos braços do demônio. - Jeon me tire daqui agora. - ordenou.

A criatura sorriu amargo, o tapete persa tremeu assim como toda a estrutura ao redor, do lado de fora o fogo queimou e Jimin gritou, caindo e se encolhendo de pavor, em meio às lágrimas olhou para Jeon.

Não parecia ele.

Era algo pior.

A pele alva tomada por veias negras, as íris e as escleras completamente negras, parecia maior e assustadora - diante do pânico ouviu os gritos, as almas padecendo em sua própria dor.

Tampando os ouvidos, Park fechou os olhos e gritou.

Tudo se apagou de imediato.

- Jimin. - Sora o tocou no rosto e este despertou choroso. - O que houve?

- Mãe! - agarrou-se na mais velha, deixando o choro vir enquanto os tremores o impediam de ficar parado.

- Te ouvi gritando, seu pai e eu acordamos assustados, filho. - o apertou contra si, tentando niná-lo.

- Tive um pesadelo tão real, Mãe. - soluçou.

Seo entrou no quarto segurando uma xícara fumegante de leite e mel, entregando ao garoto que aos poucos foi se acalmando, o coração ainda se mantinha acelerado.

- Querido, foi só um pesadelo, tá tudo bem.

- Não tá.

- Filho, se acalme por favor! - dessa vez quem pede é o matriarca.

- Amor, pode ir dormir, vou ficar aqui com ele.

- Tudo bem, me chame se precisarem. - beijou os cabelos escuros de sua esposa, fazendo o mesmo com Jimin e saiu.

- Quer me contar?

- Não. Quero dormir.

- Tudo bem. Quer que eu fique?

Jimin murmurou um não baixo entregando a xícara branca ainda contendo a bebida quase pela metade - esperou pacientemente sua mãe sair e fechar a porta antes de esconder o rosto com o edredom e chorar.

IMPURO | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora