[ 01 ] Fruto Proibido

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Revisão por: poisontequila


...

Dado que, uma mente corrompida, tudo se torna impuro.
- Angel

Sobre os lençóis egípcios de cor negra, Jimin estava deitado, ouvindo Lana del rey enquanto em suas mãos havia um livro que Taehyung recomendou, passara horas a fio lendo, visto que o dia e toda a tarde a chuva não dera sinal algum de que pararia - provavelmente choveria durante toda noite. Leves batidas soaram na porta, logo se abrindo, revelando sua mãe que sorriu ao vê-lo, a mais velha sentiu o cheiro doce suave que vinha da vela aromatica no pequeno móvel ao lado da enorme cama queen size.

A família viveu por dez anos na Inglaterra, conquistando o próprio império, Park era pequeno, conquanto, estes fizeram de tudo para que o único filho pudesse ter tudo o que eles não puderam quando eram jovens demais para entender as situações complicadas que viviam. No auge de seus dezenove anos, o moreno conquistou com muito esforço sua entrada numa das melhores universidades do país, sentia extremo orgulho - ainda que seus pais sejam, de fato, muito controladores, sempre o apoiavam em tudo que ousasse fazer.

- O que está lendo, querido? - o tom suave e carinhoso tirou a concentração da leitura, as orbes castanhas rumaram para sua mãe.

- A divina comédia. Tae recomendou. - olhando-a de cima a baixo, alargou o riso. - Está muito bonita. - elogiou.

- Obrigada meu bem. - acariciou os cabelos escuros, seguido por duas pequenas mechas platinadas. - Ficou bonito assim, gostei.

- Obrigado. - fechou o livro, deixando em cima da pequena almofada. - Já estão de saída?

- Sim. Seu pai está colocando as malas no carro. Tome cuidado, por favor. - abraçou-o. Queria que fosse conosco. - o timbre soou pouco abafado.

- Sou grande o suficiente para ficar sozinho, senhora Park. - brincou. - Façam boa viagem, ficarei bem. - prometeu.

Antes de Sora proferir mais uma palavra, Jun-Seo entrou sem anúncio.

- Vamos minha musa? - fitou o rosto alheio, percebendo os olhos marejados e rosto pouco corado. - Amor, ele vai ficar bem. Pelo amor de Deus. Até parece que vamos embora pra sempre. - debochou.

- Calado! - Jimin sorriu pela repreensão nada autoritária de sua mãe.

- Ficou show seu cabelo, filho. Queria o meu assim também.

- Sem chance. Não vou andar com você desse jeito.

- Mulher, sem coração. - dramatizou. - Talvez demoremos a voltar, porém, qualquer mudança ligarmos. Taehyung estará de olho, então, nada de festas durante nossa ausência. - Jimin abriu a boca para protestar, num levantar de indicador do mais velho, ficou em silêncio. - Filho, não minta, você é igual a mim. Mais uma coisa, nada de namoradinhos.

- Sim senhor. - ficou de pé, batendo continência.

- Debochado. Olha aqui...

- Vamos Seo. Deixe o menino. Não era você que estava com pressa? - Sora intercedeu antes de uma disputa acontecer. - Anda logo.

- Estou indo, mulher. Meu Deus!

Park seguiu os pais até o veículo parado no meio fio, numa despedida rápida se foram, o vento frígido o fizera tremer e segurar o guarda chuva com mais força, voltando rápido para o calor da casa.

- Não há necessidade de tanta chuva. - exclamou, encarando a chuva tomando força a cada segundo. Odiava tempestades, estando sozinho, o medo triplicou.

IMPURO | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora