[ 30 ] O apocalipse

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Reescrito e revisado por: poisontequila


"Imediatamente após a tribulação daqueles dias
" 'o sol escurecerá,
e a lua não dará a sua luz;
as estrelas cairão do céu,
e os poderes celestes
serão abalados'.
— Mateus 24:29


Jungkook chegou ao templo, ignorando tudo que acontecia, na escuridão repentina e no vento forte — a luz vinda do interior do local foi o que o atraiu até lá, cauteloso, preocupado. Não ousou chamar por ele, não era preciso, visto que ao pisar onde deveria ser o centro de oração, a água cobria certa parte, e flutuando acima estava Jimin; a luz forte machucava sua pele, conquanto, a dor não era incômoda, vê-lo foi fascinante, lindo ao ponto de seus joelhos cederem, levá-lo a cair e admirável junto das lágrimas. 

As asas enormes estavam abertas, três pares, lindas, reluzentes e mortais — seu corpo mantinha-se coberto de luz, a lua pele, tudo, exceto os olhos, o violeta parecia puro vidro. 

Ele estava lindo. 

— Jimin? — sua voz ecoou pelo espaço, a água parecia borbulhar, a fumaça juntava-se a luz branca e ofuscante. — Por favor! Vem para mim, amor. — o demônio suplicou ainda de joelhos. 

O albino despertou do transe, encarando-o furtivamente, o reconhecendo em instantes. 

— Jungkook! 

— Tô aqui, tá tudo bem. — falava manso. 

— Eu, não sei como cheguei aqui. — a voz angelical vinha como música, em tons suaves e amenos. 

— Não fique assustado, isso é você, e está tudo bem. Você é lindo. — sorriu, curvando-se a ele. 

Algo que nunca fez em todas as suas vidas. 

Os pés pequenos e descalços pisaram diante de si, Jeon ergueu o rosto e contemplou a beleza surreal do platinado. 

— Levante-se. — o pedido soprou como vento, dispersando a névoa. — Você veio! — sorriu segurando o rosto do demônio. 

— Sempre vou te encontrar. Eu te amo. 

— Também amo você. 

Jungkook aproveitou para beijá-lo, tocando-o com devoção extrema — a boca farta envolveu a sua, sua pele não queimou com aquele contato, apenas era magnífico, ambos eram a junção de lados opostos, nunca aquele reconhecimento de alma foi apagado. Jamais seria. 

— Temos que ir. Já começou. 

Jimin assente, ambos saíram do templo, tempo de ver as estrelas caírem dos céus,  como uma chuva de meteoros — a Terra tremeu e aquilo havia sido o início do apocalipse. 

— Como vamos sair daqui? 

— Meu pai está marchando para o Egito. — o príncipe avisa. 

— Vamos então. 

— Não pode ir, ele vai tentar te matar. 

— Sou mais forte que seu pai. Deixe-o, eu cuidarei dele. — Jimin diz, soltando a mão do moreno e se afastando. — Temos de nos preparar. 

— Estamos cercado com nada além de areia e este templo em ruínas, Jimin. 

— O véu está mais fino, podemos moldar sem sair daqui. 

— Tá. 

Jimin correu para dentro do templo e Jeon permaneceu do lado de fora, citando feitiços no dialeto demoníaco; semelhante a um buraco negro, a escuridão em formato oval rodeia seu corpo, o fogo se alastra por cada centímetro, suas vestes negras marcavam seus músculos, a forma demoníaca o deixou ainda maior e resistente, as espadas gêmeas surgiram em suas mãos, os luzeiros cintilante em vermelho — a sua direita um cavalo negro enorme relinchou, o fogo queimando nos cascos e olhar assassino. 

IMPURO | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora