[ 15 ] Essência

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Reescrito e revisado por: poisontequila

Assim acontecerá no fim desta era. Os anjos virão, separarão os perversos dos justos. 
— Mateus 13:49

Exercer as tarefas do dia pareceu extremamente inútil com tudo que vinha acontecendo — Jimin não dormia bem e sequer sentia vontade de comer, cedia após insistências de terceiros, depois procurava qualquer meio de manter-se ocupado. 

Quando o último horário anunciou o término das aulas, juntou seus pertences e saiu junto aos outros, Taehyung havia faltado então tudo pareceu lento e tedioso demais. Dirigindo até a biblioteca central, a música tocava baixo, o céu estava extremamente azul e o sol iluminando tudo que podia. Era um dia bonito. 

Deixando o veículo numa vaga qualquer, desceu com a mochila já nos ombros, adentrou o local e pediu informações sobre o corredor que continha livros a respeito de religião e ocultismo — naquela manhã havia despertado e a surpresa por ver mechas tão brancas quanto a neve o deixou assustado, visto que não havia pintado e simplesmente apareceram ali, poderia perguntar a Jungkook, mas o demônio pareceu ignorar sua presença e apenas mantê-lo a distância; o que ocorreu na tarde anterior o deixou abalado, assustado e com a sensação de que qualquer um poderia sequestrá-lo e levar para sabe lá Deus onde. 

— Precisa de ajuda? 

Jimin deu um salto pela voz ter surgido em meio ao silêncio, a garota alguns centímetros menor que si, esperava pela resposta, vendo a camisa com o crachá mostrando que trabalhava ali, relaxou um pouco. 

— Claro. Estou procurando livros sobre ocultismo e alguns filosóficos sobre religião. 

— Vou separar alguns para você, espere na cafeteria por favor. 

— Obrigado. 

Foi uma espera de vinte minutos até a garota voltar com cinco livros, colocando-os empilhados na mesa de vidro. 

— Esses foram o que encontrei, dependendo do que procura não achará neles, mas pode encontrar com padres ou pastores. Eles entendem melhor sobre e podem te explicar. — explicou. 

— Obrigado. 

Sozinho começou a folhear o primeiro, depois o segundo, e assim por diante, não encontrando nada que pudesse explicar com exatidão sobre mestiços — parecia uma estrada sem saída, tudo parecia fantasioso demais, pagando o café que pediu, devolveu os livros e saiu para ir a igreja que frequenta com seus pais. 

Perguntaria ao padre. Precisava de respostas ou enlouqueceria sem elas. 

A igreja permanecia aberta todos os dias, Jimin entrou, alguns católicos rezavam então o silêncio era convidativo, o padre estava próximo ao altar, acendendo algumas velas e trocando outras. 

— Com licença. 

O mais velho virou-se. 

— Oi Jimin. Seja bem vindo. 

— Obrigado, o senhor tem um minuto para algumas perguntas? 

— Claro. Será preciso o confessionário?

— Não senhor. 

— Tudo bem, siga-me por favor. 

Seguindo-o alguns passos atrás, passaram por um corredor pequeno até uma sala que mais parecia um escritório, havia sofa, poltrona, uma mesa com livros sobre e estantes repleta de livros. 

IMPURO | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora