[ 19 ] A flor da pele

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Reescrito e revisado por: poisontequila


O único paraíso para onde serei enviado
Vai ser quando eu estiver sozinho com você
— Hozier. Take me to church. 

— Jimin! — a voz profunda o despertou em instantes, um pouco sonolento coçou os olhos e acendeu a luz. 

— O que faz aqui? Ainda mais às… — olhou para o relógio digital. — três e meia da manhã. 

— Preciso que venha comigo. — Jeon não esboçou reação ao intimá-lo daquela forma. 

— Para onde?

— Irá saber se vier comigo. 

Um pouco confuso não se opôs, lhe foi dado alguns minutos para tomar um banho e fazer a higiene para despertar melhor — já vestido, ajeitou os cabelos alvos como a neve e se aproximou do demônio. 

— Estou pronto. 

— Ótimo, vamos. 

Ambos saíram pela porta da frente, saíram da propriedade e o carro esperava atrás de uma árvore do outro lado da rua, Jimin ainda preocupado e curioso se acomodou no banco do passageiro enquanto Jungkook colocava o cinto de segurança e inseriu a chave na ignição. 

Não demorou para o veículo adentrar o estacionamento subterrâneo de um enorme edifício — mantendo silêncio, seguiram tranquilos para o elevador que levaria ao saguão e outro que os levariam até a cobertura do moreno. 

Jimin olhou admirado ao sair e dar de cara com o hall de entrada e a sala bem mais a frente, a vida da cidade era linda e a decoração e cores escuras eram confortáveis e acolhedoras. 

— Porque me trouxe aqui? 

— Quero te falar algumas coisas. — encheu o copo com uísque irlandês, tomando tudo em goles longos, estava nervoso e isso era perceptível. 

— Tá. 

O nervoso era visível, Jungkook não era bom em ser sincero e verdadeiro, não condizia com quem e o que era — deixando o copo vazio no aparador de vidro, ficou de frente para o platinado. 

— Não sei como começar. Mas, Jimin eu… — respirou fundo. — Sinto algo por você, apenas não sei como lidar ou como demonstrar, sou um demônio eu não sei como fazer isso. Nasci e fui criado em meio a dor e desespero, o meu papel é destruir cada ser humano possível, essas emoções que me despertam quando estou perto de ti, me deixa nervoso e desestabilizado, me sinto fraco. 

Sinto que posso destruir tudo e qualquer um por você Jimin. 

O garoto arregalou os olhos, não esperava ouvir aquilo dele, ainda mais vê-lo nervoso e um pouco desconfortável em finalmente expor tudo aquilo. 

— Jungkook!

— Não terminei. — avançou,  puxando-o pela cintura, acariciando a pele macia e corada. — Quero dizer que farei de tudo para te proteger, para cuidar de ti. Ainda que não fiquemos juntos eu vou garantir que seja feliz, onde quer que queira estar. 

Acariciando o rosto do moreno, Jimin sorriu, depositando um selar casto nos lábios fininhos, o aperto em sua cintura o fez ofegar e iniciar o ósculo calmo, repleto de sentimentos que não era preciso de palavras mas sim de ações — o gosto do álcool invadiu sua língua, o suspiro abafado do demônio o aquece por inteiro, e naquele momento, naquela bolha intensa, Jimin se afastou para olhar a imensidão dos olhos vermelhos. 

IMPURO | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora