IMPURO | JIKOOK

[ 27 ] Memórias

Reescrito e revisado por: poisontequila

Pode se encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se a pessoa se lembrar de acender a luz.
— Harry Potter. 

♰

A mesa enorme estava posta com todo tipo de comida, de países diferentes e épocas diferentes — Jungkook se sentou ao lado de Jimin e os anjos ficaram na extremidade oposta, de frente para ambos. 

— Me lembro vagamente de vocês. — o demônio comenta, pouco confortável com o clima. 

— Lembra? — Laylah parou antes de depositar o vinho na taça de cristal. 

— Muito pouco. Quase nada. 

— É compreensível. — respondeu. — Mas, não se preocupe. Teremos tempo para conversarmos. 

— Pensei que eram pais do Jimin. — seu olhar passou pelo platinado, sorrindo ladino. 

— Nós fomos. — a loira sorriu para Anael. — Ele nos criou para estarmos junto dele não importando o preço. E nós estivemos. Era complicado não poder contar a ele toda a verdade, Deus aceitou as preferências dele, antes de todo esse ciclo dar início. 

Jimin tomou um pouco do vinho, levantando o indicador para ter a palavra. 

— O acordo foi que você reencarnasse contanto que não se lembrasse de mim ou dos meus guardiões. — a suavidade em sua voz era intensa. — Para que cheguemos aqui hoje, esse acordo precisou ser findado antes mesmo de eu chegar à Terra. 

— Ah! E porque vocês não o tiraram do inferno? — Jungkook questiona, eram muitas perguntas. 

— Jamais podemos interferir. — quem diz é Anael. — Nosso dever é  o proteger ao máximo. 

Tudo o que houve com ele, nós estávamos presentes e infelizmente não podíamos tomar partido. Poderia assustá-lo e causar problema tanto a ele, quanto a Deus. 

— Era o único jeito. — Jimin conclui. 

— Experimente esse. — Laylah coloca em seu prato uma especiaria. — Você gostava, bom, uma de suas versões. 

— Qual versão? 

— Filho de vendedores de frutas e legumes, século dezenove. Itália. — sorri um pouco nervosa. 

A energia demoníaca os incomodava um pouco, mas não era de longe tão insuportável, aguentariam por Jimin. 

— Irão ajudar a treiná-lo? 

— O tempo é curto, mas sim, iremos. — Anael afaga a mão da parceira. 

Cada prato típico foi provado pelo demônio, alguns gostou e outros nem tanto, a conversa fluía e histórias eram contadas — Jimin ouvia atentamente, mesmo recordando de tudo, deixou que eles contassem a Jungkook, as partes ruins foram colocadas à mesa também. Todos os sete momentos ruins que fizeram nascer os pecados. 

— É quase impossível acreditar que tudo isso que disseram é real, ou ao menos foi. — Jeon indaga, deixando a taça de vinho na mesa de centro da sala gigante. 

— Os seus sentimentos por ele já bastam. 

— Venha. Vamos dar uma volta. — Jimin o chama. 

Os guardiões nada disseram, apenas observavam os dois seguirem para os fundos da mansão quase inexplorada. 

O céu estrelado pode ser apreciado ao chegarem na área aberta, a piscina de borda infinita, emitia luz forte, deixando grande parte dali azul — o demônio se sentou numa das espreguiçadeiras, puxando o menor para seu colo.