[ 16 ] Luzes e sombras

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Reescrito e revisado por: poisontequila

Estou chorando, eles estão vindo atrás de mim
E eu tentei guardar estes segredos dentro de mim
Minha mente é como uma doença mortal. 
Halsey — Control. 


Tomado por chamas Jimin deu um passo na direção do arcanjo, Taehyung para proteger-se afastou-se, Park o encarava com ódio, tocando o celestial no ombro, este gritou, o fogo o consumiu até não sobrar nada além da espada — as orbes alaranjadas encarou o que ficou, parecia não reconhecê-lo, iria queimá-lo se não fosse o demônio chegar no ato e tentar segura-lo. 

— Jimin. — o timbre rouco junto ao cheiro familiar o fez voltar a razão, o fogo que o consumia diminuiu até se extinguir, a nudez foi exibida e o demônio tratou de cobri-lo como sobretudo negro que vestia. 

— O que aconteceu? — perguntou cansado, seu olhar vagou para Taehyung que o encarava com pavor. — Tae? 

— Meu Deus! — a destra foi levada à boca, o choro foi evidente na face alheia. 

Jeon notando o que aconteceria, puxou o garoto. 

— Melhor que conversem depois. — supôs. 

— Mas ele…

— Vai ficar bem. Vamos. — cortou-o. 

Taehyung permanecia em estado de choque, Jimin engoliu o choro ao acompanhar o demônio de volta ao carro — seu amigo precisava de tempo. 

Tempo era algo que não tinham. 

— Tenho uma boa e uma má noticia. — quebrou o silêncio, Jeon dirigia enquanto Jimin parecia procurar entender o que fez e como. 

— Qualquer uma. Não deve ser pior do que já está. 

O lamento queimava o interior do demônio, junto a sensação de se sentir inútil ou de não estar fazendo o suficiente pelo garoto — mantendo as mãos no volante, os olhos fixos na avenida, começou a falar. 

— Encontrei um livro. Porém temos metade. O inferno tem uma parte e o céu tem outra. Posso pegar mas precisaremos da segunda, unir as duas e saber o que tem lá, e se vai ajudar. 

— Não conheço nenhum anjo. — a voz saiu baixa, quase um sussurro. 

— Seokjin é nossa única tentativa. Peça a ele. 

— Vou tentar, apesar de achar isso tudo inútil. Devíamos desistir disso e deixar que vença qualquer um. — chorou. — Já sei que sou uma peça então qual o sentido de saber sobre este anjo albino? Se ele for eu, porque me permiti a viver como um humano, esquecer que tudo isso iria acontecer?

— Não sei. 

Nisso o assunto por hora foi encerrado, o veículo adentrou os portões prateados da residência, deixado na entrada — Jeon foi o primeiro a descer, dando a volta para ajudar Jimin, pegando-o nos braços, a fraqueza o impedia de dar um passo sequer. Os empregados nada falaram ao ver um estranho carregar o menino e colocá-lo na cama. 

— Você não está fazendo tudo isso apenas para ter vantagem Jungkook. — murmurou, não olhava para ele diretamente,  mantinha o olhar num ponto cego naquele chão polido. — O que sente, eu sinto também. Então pare de tentar agir como se eu não fosse nada, como se eu fosse um lixo. — pediu entre lágrimas. — Não me machuca assim Jungkook, por favor. 

— Jimin. 

— Eu sei que é capaz de sentir, porque essa foi a condenação tanto do seu pai quanto o seu e todos os demônios e príncipes. — saiu da cama, estava nervoso, estava farto daquele jogo. — Não minta para mim. — vocifera. 

IMPURO | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora