Reescrito e revisado por: poisontequila
Não há maior dor do que recordar a felicidade nos tempos de miséria.
— Dante Alighieri.♰
O mundo inferior é retratado de diversas formas, Dante Alighieri o cita de forma distinta, onde cada nível se atém a um pecado e punição específica — como um cone de cabeça para baixo, o último nível é onde jaz o reino de Lúcifer.
Já na bíblia, é descrito em puro fogo e enxofre, almas queimando e gritando de dor, sofrendo por tudo que fizera em Terra; visto que, suas memórias são a fonte de sofrimento, ali, nada de esquecer, você irá queimar e padecer, mergulhado até o pescoço em lava e agonia.
Ainda acorrentado, Jungkook estava deitado sobre um altar de pedra, seus braços abertos e tornozelos unidos — o sorriso fraco era a mais pura ironia, afinal, estava em posição de crucificação. Achava graça enquanto era torturado, demônios encapuzados arrancavam sua carne, cravava facas com lâminas quentes em seu corpo, o esquartejavam; destruído, era curado para começarem tudo de novo, de novo e de novo.
E em todas as vezes, aqueles malditos tomavam a forma de Jimin, usavam sua voz para coagi-lo para enfraquece-lo. O deixar louco.
Mas agora em específico foi diferente, Jungkook se viu em pânico ao ver Jimin preso na pedra, todo machucado, a boca jorrando sangue e os olhos o fitando em pavor extremo.
— JUN! ME AJUDE POR FAVOR! — gritou, chorando, tentando se soltar.
— J-jimin. — gaguejou, a garganta seca e voz rouca, lábios rachados e brancos.
O demônio estava decadente, miserável e ainda sim, quis tentar se libertar e tirar Jimin dali.
Como uma ilusão de ótica, tudo se dispersou, levando-o a tontura e torpor.
E de novo, seria acometido a mais uma série de tortura.
Os gritos eram engolidos pelos suspiros pesados, sua pele antes tão alva e puído, era flangeada até a carne se desprender dos ossos, grudando nos espinhos dos açoites — toda sua força se extinguiu, a fraqueza o impedia de soltar uma fagulha de poder. Estava preso ali, sem chances alguma. A visão turva o impossibilita de enxergar algo vindo pelo túnel de pedra, o pequeno portão de ferro enferrujado foi jogado no chão pútrido pelo forte impacto, seus torturadores nada compreenderam, afinal, foi lhes dada uma ordem.
A audição zumbia, queria apagar por horas ou dias, conquanto permaneceu caído, sentindo o frio absurdo da água parada contra as feridas e relaxou, fechando os olhos — dedos macios e quentes acariciam seu rosto, tirando os fios escuros para expor um pouco o rosto machucado.
— Jungkook?
Não respondeu, parecia estar à beira da morte, se não fosse uma criatura sobrenatural, certamente teria morrido a dias atrás — ninguém aguentaria aquilo. Todo aquele sofrimento, era demais.
" Ele tá morrendo?"
A pergunta não era direcionada a si, havia outro ali, sua mente podia estar pregando peças, ou de fato estava sendo salvo. Não sabia ao certo.
" Não. Mas está fraco, se ele dormir agora só vai acordar daqui um século. "
Outro tom de voz, diferente e conhecido.
Jungkook queria ver quem era, não conseguia, seu corpo não respondia, sua mente muito menos.
" O que fazemos?"
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IMPURO | JIKOOK
FanfictionA procura de novas experiências, Jimin se depara com algo que tiraria seu sono e sua sanidade - clamando por um nome jamais visto, em meio a impureza e o desejo marcando a pele, se depara com a divindade que carrega uma beleza imortal, a personifica...