Encontro

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Capitulo 5  | Liz

Chegamos ao aeroporto Tom Jobim no Rio de Janeiro por volta das quatro da tarde.
Saí do jatinho e encontrei Camila e Jensen lá fora.

- Foi uma viagem muito agradável Jensen. Obrigada!

- Estou a disposição sempre que precisar senhorita Simmons, foi um prazer!

- Amanhã nos vemos na volta. - sorri.

- Até amanhã senhorita. - diz Camila.

- Até amanhã Camila.

Foi nessa hora que ouvi Jensen falar com voz formal.

- Boa tarde, senhor Simmons!

Me virei e lá estava o meu pai, o único homem que eu amava na vida.

- Papai!!! - corri de encontro ao seu peito.

- Filha! Que saudades eu estava de você meu amor. - nós abraçamos.

Senti tanta vontade de chorar, havia meses que eu não sentia o calor e o conforto do abraço do meu pai, por mim eu ficaria ali pra sempre. Agarrada a ele pra nunca mais soltar. Ficamos um tempo assim abraçados.

- Fez uma boa viagem minha pequena? - me encarou ao se afastar.

- Fiz sim. - os olhos cheios de lágrimas. - Estava morrendo de saudades suas. Eu te amo muito papai!

- Eu também te amo filha e estava com saudades, mais não faz nem um mês que nos vimos querida.

Aquelas palavras caíram sobre mim como um balde de gelo, não era a Liz que papai via e sim a Mel. Por pouco eu quase me entreguei, quase destruí o meu disfarce. Tinha que ser cuidadosa ou colocaria tudo a perder.

- É verdade papai. - ri sem graça - Só senti muito a sua falta.

- Vamos pra casa?

Fiz que sim e nos despedimos de Camila e Jensen que nem lembrava que a todo momento nos observava.

Chegamos ao carro abraçados, eu não queria soltá-lo, estava tão feliz por estar ali com ele.

- Como está minha pequena Liz? - estava cabisbaixo.

Seria essa a hora de perguntar o que tanto eu queria saber ou deveria espera por mais um tempinho até estarmos em outro clima?

Estudando a fisionomia dele achei melhor esperar, ele estava abatido e posso dizer que estava magro também. Ele perdeu peso?

- Ela esta bem, ficou com as meninas lá no colégio. Perdeu peso papai?

- Não filha, só estou tentando manter a forma. - desconversou.

- Tem certeza, não está doente não é? - insisto.

- Claro que não!

Paramos ao lado do carro. E ele tentou mudar o assunto.

- Ela não entende o motivo de nada disso que está acontecendo não é? - ficou de frente pra mim.

Papai já estava na faixa dos cinquenta anos, era um homem muito bonito com cabelos pretos e fios brancos, isso lhe dava charme. Sempre vestia ternos e era um homem muito elegante. No rosto as marcas de noites mal dormidas, mesmo assim não perdia aquele ar de poder.

- Não papai e pra falar a verdade, eu também não. - ficou calado - Mais agora não é hora pra falar disso, vamos pra casa? - sorrimos e seu sorriso nem chegou aos olhos.

Ainda não me convenceu sobre sua saúde, amanhã antes de viajar vamos ter uma conversa. - pensei olhando para ele.

- Vamos que você deve estar cansada e quer descansar para o jantar de hoje a noite.

A Gêmea Errada - O destino nos separou (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora