A Gêmea Errada - O destino nos separou (PAUSADO)

Quando mentir é preciso.

Capitulo 42| Liz / Dean

Liz

- Acorda Liz... – ouço a voz tão familiar da minha irmã. – Não acha que já dormiu demais não? – reclama.

- Só mais alguns minutinhos... – peço puxando o cobertor para cobrir meu rosto.

- Já faz três dias que você dorme... acorda... – deita por cima de mim, me fazendo lembrar o tempo que estávamos no colégio interno. – Ninguém dorme por três dias... – fala junto ao meu ouvido por cima do cobertor.

Ela só podia está maluca com aquela historia de três dias. Até parece que Nana me deixaria dormir por três dias.

- Eu tô com sono... – murmurei.

Não sei por que, mas eu me sentia exausta. Como se alguém tivesse passado com um elefante sobre mim e esse mesmo elefante ainda tivesse sambado pra piorar a situação. Como se fosse possível um elefante sambar! – eu teria revirado os olhos se não estivesse com preguiça de abrir os mesmos.

- Mas o dia está lindo lá fora! – exclamou. – Abre os olhos! – exigiu sem paciência.

Era estranho, Mel falava junto ao meu ouvido e eu não conseguia sentir o peso dela, ou estava muito cansada pra sentir algum peso além do peso do meu próprio corpo dolorido.

- Anda Liz... Está na hora de acordar. – pede e sinto-a puxar a coberta.

- Tudo bem, você venceu! – abro os olhos e a primeira coisa que vejo é um abajur branco sobre uma mesinha de cabeceira também na cor branca.

Sento-me na cama e olho em volta. Aquele não era o meu quarto ou qualquer outro que eu já tivesse estado antes. No quarto havia duas camas, uma do lado da outra, provavelmente a outra era da Mel. Havia uma janela com cortinas brancas por onde eu consegui ver o céu, que estava de um tom azul muito lindo. E era a única cor que havia ali, pois tudo no quarto era branco.

- Vem! – ela me chama da porta.

Olhei para ela e fiquei impressionada. Mel usava um vestido branco que esvoaçava ao menor sinal de vento, os cabelos estavam soltos e cacheados no comprimento, do mesmo jeito que ela sempre gostou. Ela parecia um anjo. Mas eu me atrevo a dizer que até os anjos sentiriam inveja dela se a vissem vestida assim.

- Que vestido é esse? – retorqui.

- Vem logo! – sorrir e ao mesmo tempo me parece impaciente como de costume.

Levanto e vou em sua direção quando algo me detém. Olho para o lado e me vejo refletida em um espelho. Estou usando uma camisola hospitalar, olho para baixo para ter certeza que o que vejo no espelho é real, nesse momento me dou conta do gesso na minha perna direita. Como eu não percebi isso antes? O que aconteceu comigo? Pergunto-me voltando a olhar para o espelho onde noto um curativo bem pequeno do lado direito da minha mandíbula.

- O que aconteceu comigo? – pergunto para minha irmã dessa vez.

- Você vai ficar bem. – assegura. - Agora vamos! – me chama com a mão.

Dou uma ultima olhada para o espelho e vou em sua direção quando percebo que o gesso sumiu. Volto até o espelho que também não está mais lá, apesar de ainda estar confusa com tudo àquilo, vou ao encontro da minha irmã.

Mel sorrir quando seguro sua mão. Ela abre a porta e estamos em um campo cheio de flores. Minha boca se abre em um “o” tamanha é minha admiração diante daquela surpresa.

- Vem! – me guia para fora.

Olho para aquele mar de flores nos cercando. Eram as flores mais lindas que eu já tinha visto em toda minha vida. As flores eram de todos os tipos e das mais variadas cores, um perfume delicioso exalava pelo ar.