Alguém do Passado

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Capitulo 53 | João Lucas / Liz / Dean

João Lucas

- Liz... – chamei seu nome.

Ela se voltou ficando de frente pra mim. Em silencio, ela parece olhar para um fantasma, seus olhos denunciando toda a confusão que se passava em sua cabeça. E diante dos meus olhos, os dela se fecharam e ela desmoronou lentamente.

- Luíza! – digo ao mesmo tempo em que avançava em sua direção e a amparava para que não caísse. – Peguei você florzinha... – murmurei.

Me abaixo com ela em meus braços. Checo sua pulsação. – Você vai ficar bem. - Penso aliviado.

Fitei seu rosto, nada havia mudado, nem sequer um fio do sedoso cabelo. Pelo contrário, ela estava ainda mais linda que da ultima vez que a vi.

Afastei uma mecha do cabelo que cobria sua bochecha e admirei seu rosto por mais um segundo. O nariz estava vermelho, os olhos estavam inchados e uma última lágrima insistiu em cair.

Talvez aquele fosse o mais perto que eu chegaria dela até que ela recobrasse os sentidos e me afastasse de sua vida, quem sabe, definitivamente. – Isso faz meu sangue gelar nas veias.

Por fim, ergo-a em meus braços e sigo para os portões de saída. – Em minha cabeça passavam mil coisas, mas o que mais me deixava surpreso era essa vontade de parar o tempo e ficar com ela junto á mim pra sempre.

Mas agora ela estava fora do meu alcance. – penso olhando para sua aliança de casamento.

Continuei andando até sairmos do cemitério. Vou direto para seu carro e ignoro o meu estacionado logo atrás. Depois eu voltaria para buscá-lo, minha prioridade agora era com a minha Liz. – Quero dizer... Com a Liz.

Coloco-a no banco do carona e me abaixo do lado de fora para olhá-la mais um minuto. Liz não estava em perigo então eu não precisava levá-la para casa naquele mesmo segundo ou as pressas. Além do mais eu queria ficar perto dela só mais um pouco. Eu sentia tanta falta dela, da sua alegria e do tempo que costumávamos passar juntos. – sorri. – Quando passávamos um tempo juntos, era a melhor coisa do mundo.

Seguro sua mão nas minhas. Toco sua aliança e não nego que aquilo me deixa com tanto ciúmes. Agora ela era casada e não havia nada que eu pudesse fazer com relação á isso.

Olho para sua barriga, que ainda não denunciava seu estado. Imaginei sua barriga crescendo e ela ficando ainda mais linda com as novas curvas que seu corpo ganharia. – sorri emocionado. – Eu já te amo pequenino... assim como amo sua mãe.

-Mel... – a ouvi murmurar inconsciente. – Não...

Toquei seu rosto, estava frio.

- Não... – disse abrindo os olhos de repente.

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A Gêmea Errada - O destino nos separou (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora